Páginas

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dr. Rosinha diz que eleição boliviana está mais organizada e segura

 
 
O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), coordenador da missão de observação eleitoral do Mercosul na Bolívia, elogiou nesta sexta-feira (4) o pleito organizado pelo país vizinho.
 
"Minha primeira impressão sobre o processo eleitoral aqui na Bolívia é de que ele está cada vez mais organizado e seguro", disse Dr. Rosinha, que está em La Paz desde ontem (3). "Estou vendo uma grande preocupação por parte das autoridades com a transparência do processo."
 
Pela manhã, Dr. Rosinha esteve na sede da Corte Nacional Eleitoral (CNE) da Bolívia, onde assinou, em nome do Mercosul, o convênio que regulamenta o trabalho dos observadores no país. À tarde, coordenou uma reunião com todos os observadores do bloco que já se encontram na capital boliviana. A delegação do Mercosul é formada por observadores brasileiros, paraguaios, uruguaios e argentinos.
 
Na manhã de sábado (5), os observadores internacionais participam de uma conferência sobre o padrão biométrico e o processo eleitoral. Em seguida, haverá uma reunião com magistrados e representantes de partidos políticos que participam das eleições.
 
Um novidade do atual pleito, o padrão biométrico contém o registro das impressões digitais dos eleitores. No total, cerca de 5,1 milhões de bolivianos estão aptos a votar.
 
Oito candidatos disputam a presidência da Bolívia, entre eles Evo Morales (Movimento ao Socialismo, MAS), que disputa a reeleição, o ex-militar e ex-governador de Cochabamba Manfred Reyes Villa (Plano Progresso Para Bolívia, PPB) e o empresário Samuel Doria Medina (Unidade Nacional, UN).
 
Além do presidente, serão eleitos 130 deputados e 36 senadores, que integrarão a nova Assembleia Legislativa Plurinacional.
 
No exterior, 170 mil cidadãos bolivianos migrantes se registram para votar - 80 mil na Argentina, 50 mil na Espanha, 18 mil no Brasil e 11 mil nos Estados Unidos.
 
A legislação boliviana estabelece que o candidato à presidência será eleito se obtiver 50% dos votos mais um, ou então 40% dos votos com uma diferença de mais de dez pontos percentuais para o segundo colocado.
 
 
Experiência
 
Membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), Dr. Rosinha já coordenou os trabalhos dos observadores do bloco por duas vezes nos últimos anos.
 
Em agosto de 2008, quando houve o referendo revogatório de mandatos, que decidiu pela manutenção de Evo Morales no cargo de presidente da Bolívia, Dr. Rosinha chefiou uma delegação de 40 observadores eleitorais. Na ocasião, Morales obteve o apoio de 67,4% —quase 14 pontos percentuais acima do resultado alcançado por ele próprio nas eleições de 2005.
 
Em janeiro deste ano, os bolivianos voltaram às urnas e disseram "sim" à nova constituição e ao limite de 5 mil hectares das propriedades rurais (cada hectare equivale a 10 mil metros quadrados). Nessa ocasião, Dr. Rosinha coordenou uma equipe de 23 observadores no país.
 
"Temos um aprendizado acumulado através dessas experiências anteriores, e esperamos que a nossa participação e as sugestões que já fizemos tenham sido levadas em conta", observa Dr. Rosinha. "Temos roteiros a serem seguidos pelos observadores do Mercosul, mas há liberdade para visitar qualquer local de votação e de apuração."
 
Está prevista uma entrevista coletiva dos observadores internacionais às 20 horas de domingo (6), no Hotel Radisson. Na segunda-feira (7), Dr. Rosinha participa de uma reunião de avaliação e entrega o informe de observação do Mercosul à Corte Nacional Eleitoral. O parlamentar brasileiro deve permanecer em território boliviano até a próxima terça-feira (8).
 

 
 
 
Links relacionados

Agência Boliviana de Informação
http://abi.bo
 
Corte Nacional Eleitoral
http://www.cne.org.bo


Nenhum comentário:

Postar um comentário