A Polícia Civil de São Paulo investiga quem são os possíveis clientes que compravam material cirúrgico da fábrica clandestina fechada nesta quarta-feira, na zona sul da cidade. Pela manhã, policiais da Divisão da Saúde Pública, do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), com o auxilio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), fecharam o local, apreenderam uma tonelada de materiais cirúrgicos e prenderam um empresário de 36 anos.
Polícia prende funcionário que comprava de fábrica clandestina
Polícia fecha fábrica clandestina e apreende 1 t de material cirúrgico
A polícia também apreendeu notas fiscais que mostram que os produtos eram vendidos a distribuidoras de equipamentos médicos de São Paulo. Agora as investigações vão se concentrar nos possíveis clientes destas distribuidoras.
Segundo a agência, sua central de atendimento recebeu uma denúncia anônima e acionou o setor de investigações. Policiais federais que trabalham na Anvisa acionaram a Polícia Civil paulista e começaram a investigação, que durou cerca de 15 dias.
Nesta quarta foram apreendidos na fábrica cerca de uma tonelada de produtos como anéis para cirurgia bariátrica, cânulas, tubos para entubação e equipamentos para ventilação mecânica usados em UTIs. Todos os equipamentos eram fabricados clandestinamente, sem fiscalização ou autorização da Anvisa.
No local, foram encontrados quatro funcionários trabalhando em péssimas condições. Havia mofo e poeira, e o único banheiro era um balde. Também foi encontrado plástico reciclado, o que indica que os produtos poderiam ser feitos com matéria prima proibida pela Anvisa.
Segundo a investigação, a fábrica New Life Tubos e Conexões Ltda. originalmente fabricava produtos usados na construção civil, mas começou a fabricar equipamentos hospitalares. A Anvisa não informou desde quando isso ocorria.
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A fábrica funcionava na zona sul da cidade e mantinha 43 contratos com a Secretaria Municipal da Saúde.
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