Durante passeata de organizações e militantes em defesa dos direitos da mulher; agressão de motorista revela o machismo latente na sociedade
no Brasil de Fato
Em Curitiba, o ato comemorativo do oito de março foi antecipado para o sábado (dia 06), com a participação de mulheres e militantes sociais de diferentes organizações do campo e da cidade. Ao longo da marcha, um fato sintomático: em uma das paradas para reflexão sobre a participação da mulher na luta política, em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, um motorista desceu do carro e buscou tirar o microfone da militante que fazia a fala naquele momento, que foi empurrada.
Em Curitiba, o ato comemorativo do oito de março foi antecipado para o sábado (dia 06), com a participação de mulheres e militantes sociais de diferentes organizações do campo e da cidade. Ao longo da marcha, um fato sintomático: em uma das paradas para reflexão sobre a participação da mulher na luta política, em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, um motorista desceu do carro e buscou tirar o microfone da militante que fazia a fala naquele momento, que foi empurrada.
De acordo com relato de Lirani Maria Franco da Cruz, da Marcha Mundial de Mulheres, o homem simplesmente gritava: “O que vocês estão fazendo aqui?”. Na avaliação da militante, o caso revela a não aceitação do uso do espaço público pela mulher, e da inserção no debate político de maneira organizada:
“Não era porque uma mulher estava falando, mas falando no espaço público, pelo fato de estarmos na rua, simbolicamente um espaço ocupado pelos homens. Um espaço que teriam de ceder às mulheres. Os homens até admitem as mulheres no mundo do trabalho, mas o espaço político de tomada de decisão é um espaço difícil de ser tomado. Os homens têm propriedade privada sobre este espaço público. Por outro lado, a reação foi importante, porque as mulheres ao ver o gesto também reagiram. O que aumentou o ânimo da marcha”, afirma.
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