O Estado do Paraná (via Boletim do NEMS-PR)
O Paraná é o maior destaque nacional na produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentares. Responsável por 90% de toda a plantação no Brasil, o Estado colhe anualmente 40 mil toneladas por ano das mais variadas espécies, cultivadas em três mil hectares. Por ano, a atividade movimenta R$ 25 milhões e conta com 1,1 mil produtores, espalhados pelas mais diversas regiões do Paraná, com destaque para a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e o noroeste do Estado.
De acordo com o coordenador estadual de plantas medicinais e aromáticas do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Cirino Corrêa Júnior, os números chamam a atenção pelo fato de que, no Paraná, evita-se o extrativismo predatório. "Além disso, a produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentais é uma atividade em expansão, que se adequa à agricultura familiar e gera empregos, já que exige grande quantidade de mão-de-obra", comenta.
De acordo com o coordenador estadual de plantas medicinais e aromáticas do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Cirino Corrêa Júnior, os números chamam a atenção pelo fato de que, no Paraná, evita-se o extrativismo predatório. "Além disso, a produção de plantas medicinais, aromáticas e condimentais é uma atividade em expansão, que se adequa à agricultura familiar e gera empregos, já que exige grande quantidade de mão-de-obra", comenta.
Para Corrêa Júnior, o fato de o Paraná ter colonização europeia ajudou a desenvolver a atividade no Estado. "O uso dessas ervas aromáticas e medicinais sempre foi comum na Europa. Os imigrantes trouxeram esse costume e desenvolveram a cultura destas ervas. Além disso, a evolução do cultivo dessas espécies no Paraná começou na década de 80, devido à exigência de mais qualidade, melhores preços e também pelas características específicas do solo e do clima da região", acredita. Ele informa que o produtor conta com a ajuda do Emater para desenvolver o seu trabalho. "O Instituto implantou o modelo de assistência do cultivo de plantas medicinais, auxiliando na construção e elaboração de projetos. O agricultor pode contar com o Emater", garante.
Segundo o coordenador, o consumo brasileiro das plantas no Brasil é grande e o País possui a maior diversidade do mundo, com 55 mil espécies consideradas superiores e três mil medicinais-aromáticas. "Os recursos, que são retirados das plantas, estão presentes nos alimentos como especiarias, condimentos e chás, além de utilizados como óleos essenciais, divididos em aromatizantes e fragrâncias, na indústria farmacêutica, através da fitoterapia e extração/purificação de substâncias, e outros usos, como em cosméticos, bebidas e domissanitários (produtos de limpeza)", informa. Corrêa Júnior ressalta ainda que a produção destas ervas são livres de agrotóxicos e ocupam um bom espaço na indústria. "Os produtos originários dessas plantas são isentos de agroquímicos e passaram a ocupar um espaço significativo na indústria terapêutica, especialmente após pesquisas realizadas, que identificaram os princípios ativos dessas. Além disso, as contra-indicações e os efeitos colaterais resultantes do uso de medicamentos podem ser evitados com a utilização das plantas medicinais", avalia.
Oeste
Uma iniciativa da Itaipu Binacional está fazendo do oeste paranaense um laboratório de plantas medicinais, como a erva capuchinha, calêndula, melissa e arruda a céu aberto. O projeto Cultivando Água Boa tem como objetivo difundir a produção de plantas medicinais, aromáticas, condimentares, corantes e de propriedades funcionais nos municípios da Bacia do Paraná III, que abrange Foz do Iguaçu, Guaíra, Cascavel e Mundo Novo, este no estado vizinho de Mato Grosso do Sul. Juntos, eles somam uma população de quase um milhão de habitantes.
Uma iniciativa da Itaipu Binacional está fazendo do oeste paranaense um laboratório de plantas medicinais, como a erva capuchinha, calêndula, melissa e arruda a céu aberto. O projeto Cultivando Água Boa tem como objetivo difundir a produção de plantas medicinais, aromáticas, condimentares, corantes e de propriedades funcionais nos municípios da Bacia do Paraná III, que abrange Foz do Iguaçu, Guaíra, Cascavel e Mundo Novo, este no estado vizinho de Mato Grosso do Sul. Juntos, eles somam uma população de quase um milhão de habitantes.
De acordo com o coordenador-executivo do Cultivando Água Boa, Jair Kotz, o projeto chama atenção por promover a saúde por meio destas ervas naturais. "Não é apenas um projeto de chá e plantinha. É um retorno à origem com base científica aplicada", afirma. Para ele, o fato de o sistema de saúde hoje se preocupar mais em combater a prevenir a doença contribui no aumento de gastos no sistema público de saúde. "Por exemplo, em Altônia, norte do Paraná, gastam-se R$ 262 mil por mês para cobrir despesas com saúde de uma população de 20 mil habitantes. O projeto Água Boa pode ajudar a reduzir esses custos", afirma.
A Itaipu Binacional oferece suporte para as cidades que tenham interesse em participar do programa. A hidrelétrica fornece plantas de qualidade e procedência comprovadas que fazem parte da farmacopeia brasileira e propõe a criação de uma legislação municipal para o uso das ervas na rede pública de saúde. A legislação já foi criada em seis cidades consideradas pilotos do projeto: Mercedes, Altônia, Ramilândia, Vera Cruz do Oeste, Diamante do Oeste e Foz do Iguaçu.
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