da Associated Press (via fSP)
"Eu sou gay. Estas são as palavras que foram tão difíceis de dizer por tanto tempo", disse Ashburn em entrevista à rádio KERN.
Ashburn disse que se sentiu forçado a admitir a homossexualidade depois que surgiram rumores de que teria visitado um clube gay na noite em que foi preso por dirigir bêbado.
O senador -- que tem 55 anos e é pai de quatro filhos-- disse que sempre tentou separar a vida pessoal da vida política, até sua prisão em 3 de março. "Quando eu ultrapassei o limite e infringi a lei, colocando pessoas em risco, tive de dar uma explicação", disse ele.
Ele foi preso perto do Capitólio, após dirigir de forma errática. Segundo Shelly Orio, porta-voz da polícia local, um teste de bafômtero indicou que ele tinha um nível de álcool acima do permitido no sangue. No dia seguinte, surgiram boatos de que ele teria estado no clube gay Faces, e que teria deixado o local acompanhado de um passageiro homem em seu veículo.
"A melhor maneira de lidar com a situação é ser verdadeiro e dizer aos meus eleitores que sou gay. Mas eu não acho que isso seja algo que irá mudar meu trabalho", afirmou.
Leis
Durante os 14 anos de sua legislatura, Ashburn votou contra várias leis a favor dos gays, entre elas medidas anti-discriminação e pelo reconhecimento de uniões homossexuais.
No ano passado, ele votou contra o estabelecimento de uma data em homenagem ao ativista gay Harvey Milk.
Ele diz que sua posição refletia a de seus eleitores, e não necessariamente suas próprias crenças.
"Eu me sentia na obrigação de representar meus eleitores, e não o meu ponto de vista", disse.
O senador disse que pretende continuar votando de acordo com a visão de seu eleitorado, concentrado nos Condados de Kern, Tulare e San Bernardino.
Na entrevista, Ashburn disse ainda que é cristão, e pediu que as pessoas orem por ele.
O senador disse que não planeja concorrer novamente a cargos públicos após o fim de seu mandato, no final deste ano.
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