A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) discutiram o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos no Brasil em uma mesa redonda nesta terça-feira (13). A introdução dos agrotóxicos de forma indiscriminada na alimentação dos brasileiros estão alertando os órgãos de vigilância e os institutos do consumidor para o risco de uma população ainda mais doente nas próximas décadas.
De acordo com o presidente do Fórum Nacional de Combate ao Impacto dos Agrotóxicos, Pedro Serafim, ainda falta informação para quem aplica o veneno e para quem come produtos com alto grau de toxidade.
“O nome mesmo já diz, agrotóxico realmente é veneno. Infelizmente, no Brasil se criou uma cultura de agrotóxico como defensor agrícola. Primeiramente a falta de uma informação correta coloca em risco tanto o trabalhador, o consumidor e o meio ambiente. E que a população tenha informação para reivindicar quem são os canais e instrumentos para fazer valer o seu direito de se alimentar bem.”
Segundo ele, além de mais informação é preciso políticas públicas que regulamentem o uso dos agrotóxicos no país.
“Recentemente algumas fiscalizações da Anvisa concluíram que as empresas viam adulterando na fonte alguns produtos, ou seja, nas suas fórmulas e misturas. O fato de querer vender a todo custo, por ser veneno, ele tem várias conseqüências.”
O Brasil é o pioneiro mundial no consumo de agrotóxico. Somente no último ano, 780 mil toneladas de veneno foram comercializadas no país.
De São Paulo, da Radioagência NP, Aline Scarso.
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