Funcionários federais do Executivo lotados no Rio são 114.739 contra 61.698 de Brasília
Estado concentra 6 hospitais federais, Fiocruz, 3 institutos especializados e a UFRJ, universidade federal com mais servidores do Brasil
Passado meio século da transferência da capital federal para Brasília, o Rio ainda concentra o maior número de servidores civis ativos da União, com quase o dobro do contingente do Distrito Federal.
O último boletim do Ministério do Planejamento sobre o quantitativo dos servidores federais civis do Poder Executivo, de janeiro, mostra 114.739 lotados no Estado do Rio de Janeiro, para 61.698 no DF.
Longe de ser esvaziado, o funcionalismo federal no Estado do Rio cresceu 18% durante o governo Lula, turbinado por concursos públicos e pela reintegração de 2.396 servidores que haviam sido demitidos no governo Collor (1990-92).
O Rio recebeu três agências reguladoras federais que se implantaram no Estado: ANP (Agência Nacional do Petróleo), ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e a Ancine (Agência Nacional do Cinema). A maior delas, a ANP, emprega 566 funcionários.
O quadro de servidores continua a crescer. O Ministério da Saúde acabou de contratar 1.130 para o novo hospital do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e faz concurso para admitir 467 nos seis hospitais federais da cidade.
O economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e estudioso do Rio de Janeiro, declarou-se surpreso com a preponderância do funcionalismo federal no Rio. Segundo ele, a ideia geral era que o Estado só superava Brasília em servidores aposentados.
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