Aroeira no Jornal do Sul
da Ansa, em Roma (via fSP)
da Ansa, em Roma (via fSP)
O cardeal colombiano Darío Castrillón Hoyos afirmou que o papa João Paulo 2º o havia "autorizado" a enviar uma carta com elogios a um religioso que não denunciou um caso de pedofilia na França.
Segundo publicou hoje o jornal espanhol "La Verdad", ao participar de uma conferência na região de Murcia, o cardeal -- que na época comandava a Congregação para o Clero -- explicou que só tomou a decisão "depois de consultar o papa e mostrar a carta a ele".
No texto, divulgado na última semana pelo site francês Golias.fr, Castrillón Hoyos cumprimentava o então bispo de Bayeux-Lisieux, Dom Pierre Pican, "por [ele] não ter denunciado um sacerdote [pedófilo] à administração civil". "Você atuou bem", dizia a carta enviada ao padre.
"Me alegra ter um irmão no episcopado que, frente aos olhos da história e dos demais bispos do mundo, preferiu enfrentar a prisão" a denunciar um padre acusado de pedofilia, continuava o religioso na correspondência, que teria sido escrita em 8 de setembro de 2001.
"O Santo Padre [na época Karol Wojtyla] me autorizou a enviar essa carta a todos os bispos do mundo e a colocamos na internet", complementou o cardeal, que, ainda segundo a publicação, teria sido aplaudido pelos presentes no evento.
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