Repórter da Agência Brasil
Brasília – O número de casos de dengue no Brasil já totaliza 737.756. O número representa um aumento de 120,05 % em relação ao mesmo período de 2009, quando foram registrados 335.265 casos. O levantamento epidemiológico do Ministério da Saúde foi realizado de 1º de janeiro a 1º de maio deste ano. Os números ainda são preliminares e dependem de investigação para confirmação de diagnósticos.
Do total de casos, 577.313 (78,3%) permanecem concentrados em sete estados, que apresentaram também alta incidência em relação ao total da população: Acre (3.636 casos por 100 mil habitantes), Mato Grosso do Sul (2.930 casos por 100 mil habitantes), Rondônia (1.657 casos por 100 mil habitantes), Goiás (1.350 casos por 100 mil habitantes), Mato Grosso (1.128 casos por 100 mil habitantes), Minas Gerais (789 casos por 100 mil habitantes) e São Paulo (494 casos por 100 mil habitantes).
Os dois últimos estados dessa lista passaram de incidência média e baixa (289,3 casos e 11,1 casos por 100 mil habitantes, respectivamente), registradas no mesmo período do ano anterior, para incidência alta neste ano. O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência de dengue: baixa (menos de 100 casos por 100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos por 100 mil habitantes).
O balanço parcial revela ainda que 28,2% dos registros de dengue estão concentrados em oito municípios: Belo Horizonte (6,5%); Campo Grande (5,2%); Goiânia (5,1%); Ribeirão Preto, em São Paulo (3,5%); Rio Branco (3,1%); Betim, em Minas Gerais (1,8%); São José do Rio Preto, em São Paulo (1,5%); e Araçatuba, em São Paulo (1,5%). À exceção de Ribeirão Preto e Betim, em todos os municípios há tendência de redução de casos.
Segundo o ministério, desde 2009, houve intensificação das ações nos estados que enfrentam aumento de casos. As medidas adotadas foram a assessoria técnica, envio de equipamentos para aplicação de inseticidas e aumento nas remessas de insumos e medicamentos.
Os recursos para ações de controle da dengue e de outras doenças, que têm repasse mensal aos estados, foram mantidos e o aporte extra de R$ 128 milhões, feito em 2009, foi incorporado ao teto financeiro de vigilância em saúde, orçado em R$ 1,02 bilhão para 2010.
Edição: Lana Cristina
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