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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Encontrado o jornalista que cobriu a ação da polícia sem mencionar a Tropa de Elite


Consta que Jonathan Arnaldo jamais se referiu à seleção feminina de volei usando a expressão "as meninas do Brasil"



BARRA MANSA - No que está sendo considerado um dos fatos mais bizarros das últimas semanas, o repórter Jonathan Arnaldo, do periódico "Sentinela de Barra Mansa", descreveu a invasão do Morro do Alemão sem fazer uma única menção ao filme Tropa de Elite."Nem me passou pela cabeça", disse Arnaldo, a caminho do Hospital Municipal de Barra Mansa, onde será submetido a uma tomografia para eliminar a possibilidade de um distúrbio neurológico ou lesão do sistema parassimpático. 

A reportagem de Jonathan Arnaldo caiu feito uma bomba no meio jornalístico. Até então, editores juravam ser impossível descrever as ações do BOPE sem recorrer ao filme. "É como a fusão nuclear a frio, uma utopia", declarou Merval Pereira, que se recusou a ler o artigo por considerá-lo um fenômeno de crendice popular. "Temos que apurar isso com calma: há indícios de referências ao ativista Fraga nas entrelinhas do segundo parágrafo", revelou o presidente do Grupo Abril, Roberto Civita. 

O colunista Arnaldo Jabor publicou uma coluna criticando duramente a ausência de alusões à "Suprema Felicidade" na cobertura da imprensa. No texto, Jabor estranha que pelo menos um batalhão do BOPE não tenha prorrompido em coreografias de musical da Broadway a caminho da Vila Cruzeiro. "No Rio de Janeiro que conheci, ao menor incitamento todos dançavam na rua", declarou, dando uma pirueta. 

Isabel de Lucca, editora do Segundo Caderno do jornal O Globo, teve um princípio de infarto ao descobrir a existência de outra reportagem de Jonathan Arnaldo, publicada no mês passado no suplemento "Barra Mansa Cultural". "Li o texto até o final e não havia qualquer referência ao Caetano Veloso", murmurou no Hospital Copa D´Or, onde permanece em observação.

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