Rosa Costa e Denise Madueño, O Estado de S.Paulo (via Noblat)
Sem encontrar um expoente técnico com capacidade de dar projeção nacional ao Ministério da Saúde, e sob pressão pelo desejo do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de assumir a pasta, a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve dar uma solução política e caseira e nomear para o cargo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).
A solução agrada ao PT, que retoma o ministério, atualmente nas mãos do PMDB. Dilma fecha nesta semana o quebra-cabeça ministerial com a confirmação das cotas do PSB, do PCdoB e a conclusão dos ministros petistas.
A pasta da Saúde passou a ser alvo de cobiça de Ciro Gomes. O PSB, no entanto, não tinha incluído essa demanda nas conversas entre o presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a presidente eleita.
O PSB tem assegurado dois ministérios: o da Integração Nacional e dos Portos, que será incrementado com a inclusão de atribuições hoje a cargo da Infraero, como a administração dos aeroportos brasileiros.
O ministério passou a ser atraente com as obras previstas nos aeroportos a partir do próximo ano para atender a compromissos decorrentes da Copa do Mundo, em 2014.
Inicialmente tranquila, a definição da cota do PSB virou um problema depois que Dilma convidou Ciro para integrar o primeiro escalão. O PSB, que não o indicou, ficou na situação de não ter poder para vetá-lo. Com a entrada de Ciro, sai do jogo o deputado que representaria a bancada de 34 deputados no ministério.
O PSB considera um problema do PT e escolha pessoal da presidente Dilma, fora da cota partidária, a eventual indicação do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) para o primeiro escalão. A saída de Valadares do Senado abriria vaga para o suplente José Eduardo Dutra (PT-SE), presidente do partido.
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