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Três dias após o maior vazamento de documentos sigilosos dos Estados Unidos na história, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, está sendo procurado pela Interpol, que emitiu nesta quarta-feira (01/12) um alerta internacional. Segundo a polícia internacional, Assange é procurado na Suécia para ser interrogado a respeito de uma acusação de crime sexual - que ele nega.
Reprodução - Interpol.int
A Interpol publicou a informação em seu site, no qual consta que a ordem de procura e captura de Assange, de 39 anos, foi emitida a pedido da Promotoria de Gotemburgo, na Suécia. Se trata de uma "notificação vermelha", o nível mais alto da Interpol, divulgada para deter, mesmo que provisoriamente, pessoas procuradas internacionalmente e com fins de extradição.
Nesta terça-feira (30/11), a defesa de Assange, nascido na cidade australiana de Townsville e com paradeiro desconhecido, apelou em segunda instância na Corte Suprema sueca contra a ordem de prisão, último recurso legal possível. Na última quarta-feira, a Corte de Apelação de Svea, em Estocolmo, rejeitou sua primeira apelação contra a ordem de detenção.
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Os problemas de Assange com a justiça sueca começaram em 20 de agosto, quando foi emitida uma primeira ordem de prisão contra ele por um suposto abuso sexual, decisão que foi revogada 24 horas depois pela promotora-chefe, que reduziu o caso a um delito de assédio.
No entanto, quando a diretora da procuradoria, Marianne Ny, assumiu o comando da investigação, decidiu reabrir o processo por estupro, que culminou na semana passada com uma nova ordem de prisão contra Assange.
A Austrália também investiga se Assange violou leis no país.
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Equador
Pouco antes da emissão do alerta da Interpol, o presidente do Equador, Rafael Correa, disse que a oferta de residência no país feita a Assange pelo vice-chanceler equatoriano, Kintto Lucas, não havia sido aprovada, informou a BBC Brasil. Lucas elogiou o que chamou de trabalho investigativo de Assange, e disse que ele seria bem-vindo para "viver e dar aulas" no país "sem quaisquer condições".
Correa disse a repórteres, entretanto, que a oferta "não havia sido aprovada pelo ministro das Relações Exteriores, Ricardo Patiño - ou por ele". Patiño afirmou que a oferta "teria que ser estudada do ponto de vista legal e diplomático".
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