Páginas

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Barrados no Baile: Banco Central VETOU o nome de Cássio Taniguchi


E o Banco Central azedou o leitinho quente do velho-novo governo de Beto Richa, que já começa capenga. De acordo com o estatuto social da Agência de Fomento do Paraná S.A., órgão de apoio às ações e políticas de desenvolvimento no estado, os nomes que compõe o seu conselho administrativo são submetidos à aprovação do Banco Central do Brasil. Entre estes, os dos secretários estaduais das pastas econômicas e financeiras. A cena é de constrangimento. 
O Banco Central VETOU o nome de Cássio Taniguchi (DEM), secretário do Planejamento do governo de Beto Richa, para compor o conselho de administração da Agência de Fomento do Paraná. Em outras palavras, ele não é considerado idôneo para tamanha responsabilidade com as finanças públicas. Além dele, os nomes de Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), secretário do Trabalho, e de Ricardo Barros (PP), secretário da Indústria e do Comércio, que respondem a processos na Justiça, passaram, mas sob rigorosas ressalvas.
Por lei, o organismo financeiro da União levanta toda a vida e a ficha corrida dos integrantes do conselho administrativo da agência, pois essas pessoas respondem – por meio do seu CPF – legalmente pelas decisões que tomam. E agora, Betinho? Que vexame para o Paraná! As indicações político-interesseiras e nepóticas dele esbarraram nas normas que resguardam a seriedade no trato das contas públicas. O rigor que faltou na escolha do secretariado, agora, é motivo de constrangimentos. Em outras palavras, a eleição democrática do Beto só lhe confere legitimidade para ser o chefe do Executivo, mas há limites às suas ações, principalmente quando um interesse menor tenta se sobrepor ao interesse público. Afinal, os eleitores paranaenses não votaram no ex-prefeito de Curitiba e ex-secretário do governo corrupto do DEM no Distrito Federal, Cássio Taniguchi, para compor o governo do Paraná. Quem o escolheu foi o Beto.
Qual a saída? Não podendo Taniguchi assumir a cadeira de conselheiro da Agência de Fomento que é reservada ao secretário do Planejamento, pois seu nome foi vetado legalmente pelo Banco Central, resta saber se o Beto vai trocar o secretário (improvável!) ou atropelar as regras estabelecidas para resguardar o interesse público e mudar o estatuto social que rege a Agência. A seguir cenas dos próximos capítulos da série “Barrados no Baile” do governo de Beto Richa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário