recebi via twitter da @marinildac - Marinilda Carvalho
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) contestou os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicando que a tempestade na Região Serrana não foi a maior da história. Segundo a presidente do Inea, Marilene Ramos, a estação do Inmet em Teresópolis, em funcionamento desde 1961 e que forneceu a série histórica mais longa sobre o regime pluviométrico na cidade, está distante dos locais que receberam a maior parte da chuva. Além disso, as estações de monitoramento do Inea em Nova Friburgo teriam apontado um volume maior de chuva do que o informado pelo Inmet, cuja estação começou a funcionar no ano passado. "Os dados do Inmet não servem para definir se esta foi ou não a maior chuva que já atingiu a região", disse ela.
"Se avaliarmos o volume de precipitação no período de 24 horas a partir de 20 horas do dia 11, nossas estações situadas no núcleo da chuva, apontam 249 e 297 milímetros. Não posso afirmar que foi a chuva mais forte, mas posso dizer que ela foi muito mais intensa do que o Inmet registrou, e certamente foi uma das mais fortes da história. Pelas características dos deslizamentos e escorregamentos verificados, podemos afirmar que estes níveis de precipitação são os que foram verificados nas regiões atingidas de Teresópolis, Nova Friburgo e o Vale do Cuiabá, em Petrópolis", analisou Marilene Ramos.
Segundo Marilene, o Inmet não levou em conta o fato de o temporal ter desabado na noite do dia 11 e madrugada do dia 12, fornecendo indicadores para cada dia separadamente. Isso significa que a chuva registrada até a meia-noite do dia 11 não foi somada à que caiu no dia 12, distorcendo a avaliação. De acordo com o Inea, as cinco estações do órgão em Friburgo, em funcionamento desde 2008, acusaram precipitação superior a 230mm, contra os 182,8mm informados pelo Inmet para Friburgo. Embora o Inea não tenha estações em Teresópolis, a presidente do órgão também afirmou que a chuva na cidade foi bem superior aos 124,6mm divulgados pelo Inmet.
Ainda segundo Marilene, uma análise estatística do temporal indicou que ele é um fenômeno com um período de recorrência estimado em 350 anos.
Para Luiza Cristina Krau de Oliveira, da Assessoria de Políticas e Estudos Ambientais de Furnas, "a Análise do que aconteceu também tem que levar em conta a enorme quantidade de cascatas, tipo 'Véu de Noiva' que se formaram nas encostas. A energia que estas 'cascatas' chegaram à base da montanha e entraram nos vales deve ter sido enorme."
No final de cada vertedor de barragens são calculadas diversas estruturas para dissipar a energia. O que deve ter dissipado a energia destas cascatas? Foram as enormes pedras que foram arrastadas e que destruiram casas e estradas ao longo do caminho? Provavelmente, sim.
Não posso crer que foi uma chuva qualquer que gerou essas imagens, nos bairros da Posse e Campo Grande em Teresópolis. Eu as recebi de uma prima que mora na cidade. Incluiria aos comentários que o núcleo da chuva pode estar fora dos locais dos pluviômetros. Assim, a chuva da região, principalmente na cabeça dos vales mais afetados, pode estar sub-avaliada, já que, infelizmente, o radar do Pico do Couto não estava operacional durante estes dias.
"Estas fotos mostram em seu silêncio o que restou de uma comunidade inteira. Ai tinha creche comunitária, pousadas e muitas casas, muitas. Uma área esquecida pelos governantes que vinha crescendo a passos largos a cada eleição." Maria Lúcia Lengruber Porto Silva, moradora de Teresópolis.
para tuitar:
"Inea contesta dados do Inmet sobre o volume das chuvas". Diante dessas imagens da Posse, eu tb. http://bit.ly/fqhJue (via @aleportoblog)
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