A Central Única das Favelas completa 11 anos de existência em 2011, período no qual vem procurando disseminar oportunidades para jovens negros e pobres dos 27 estados do território brasileiro que carregam até hoje as marcas desses mais de 500 anos de construção de uma nação.
Leandro Fonseca na Carta MaiorO Brasil é um imenso e verdadeiro caldeirão cultural, político e social. Nossa história começa a tomar uma nova configuração da chamada miscigenação a partir dos anos 1.500 quando Pedro Álvares Cabral ao comando das frotas que se dirigiam as índias, esbarraram no que chamamos hoje de América do Sul, ocupadas por povos indígenas que aqui ainda resistem em poucos espaços isolados. É num contexto hostil que ao longo de 500 anos nossa história continua a ser construída, de um lado uns lutando por justiça social e de outro, lutadores pelo acumulo de riquezas por meio de exploração desordenada.
Foi há mais de 500 anos que "três povos" configuraram nosso espaço nacional, os portugueses na corrida pela expansão territorial e comercial, os negros já dominados pelos europeus e os índios que lutaram bravamente para defender seu território. Nestes mais de 500 anos muita coisa mudou; Passamos por regimes imperiais, ditatoriais e a chamada democracia, povos de todos os continentes hoje aqui construíram do Brasil seu território de paz e cidadania, árabes, japoneses, chineses, espanhóis, alemães, norte americanos, entre outros. Mas e os índios que aqui habitavam a mais de séculos? Sim! Ainda continuam lutando para manter um espaço saudável para se viver; Os trabalhadores operários do campo e da cidade que há oito anos elegeram um presidente condizente de sua condição social, as mulheres que hoje possuem direitos a votar e ser votada participando do processo político do país rompendo mais uma importante barreira do preconceito e elegendo a primeira mulher presidente da República.
Aparentemente o país caminha para um novo tempo, um tempo de participação, distribuição de riquezas e de oportunidades; Oportunidades essas que só serão verdadeiras quando os negros assim como os índios ocuparem seus espaços, de quem herdou apenas as dívidas das riquezas extraídas do solo brasileiro.
Nesse novo tempo a organização de classe tem papel propulsor e fundamental na construção de uma nova era a era das oportunidades iguais; Onde: negros, índios e pobres passam ter os mesmos direitos de acesso a saúde, educação, lazer, trabalho e renda justa.
A CUFA (Central Única das favelas) completa 11 anos de existência no ano de 2011, mas não apenas mais de uma década de existência, e sim mais de uma década disseminando oportunidades, preparando jovens negros e pobres dos 27 estados do território brasileiro que carregam até os dias de hoje as marcas desses mais de 500 anos de construção de uma nação. É exatamente essa ferramenta chamada CUFA (Central Única das Favelas) que a cada dia que passa ocupa espaços importantes na sociedade brasileira construindo suas próprias alternativas com um plantel invejável de jovens, que deixam de ser apenas jovens (invisíveis na sociedade brasileira) e passam a ser jovens intelectuais, lutadores e respeitados nos mais diversos núcleos políticos, empresariais e nas suas comunidades, sendo os verdadeiros protagonistas de uma boa história.
Vivemos sim um novo tempo. É neste tempo que nos dias 15 a 19 de fevereiro, a CUFA que completa 11 anos, promoverá seu VI Encontro Nacional, onde jovens de diversos estados do Brasil, Alemanha, USA e Bolivia se encontrarão para debater e apontar os rumos e as estratégias de uma organização que sempre esteve à frente de nosso tempo.
Nesta ocasião ocorrerá a posse da Gestão 2011 (16/02 Fortaleza –CE) CUFA, onde teremos um dos mais fortes quadros da CUFA (Preto Zezé) que ao lado de sua vice-presidenta (Karina Santiago de Assis Ávila) assumirão essa tarefa, dando continuidade e conduzindo a CUFA para um novo patamar gerando ainda mais oportunidades e preparando um número maior de jovens a ter um espaço digno na sociedade brasileira.
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