Juro por Deus, sempre achei que a presidência da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) fosse função exclusiva de deputados. Nunca imaginei que o ex-segurança da Casa Edenílson Carlos Ferry, o Tôca, fosse “o cara” que mandava no pedaço. Fui enganado todo esse tempo.
Logo, foi o tal de Tôca quem contratou os funcionários fantasmas da Assembleia; é dele também a responsabilidade pela contratação dos gafanhotos, a edição dos diários secretos e de desvios de recursos públicos.
Em diversas manifestações na Assembleia saí no braço com aqueles ex-seguranças. Eu não sabia que, ao lado de meus companheiros, trocávamos empurrões e safanões com o presidente e a diretoria da Assembleia. A última vez, em 2001, quando do protesto contra a venda da Copel. Aliás, o “sucessor” de Tôca, o deputado Valdir Rossoni (PSDB), fazia parte da tropa de choque que queria privatizar a estatal de energia.
Se o tal de Tôca é mesmo o responsável pelos atos secretos e contratação dos fantasmas, está certo o tucano Rossoni. Tem que demitir, pois dinheiro público é coisa sagrada.
Outra coisa que chamou atenção ontem. A gráfica da Assembleia foi lacrada para sempre. Finalmente. Já era tarde. Aqueles maquinários tinham vontade própria. Funcionavam sozinhos. Concordo com a prisão perpétua para a gráfica. É bem mais fácil contratar um serviço gráfico terceirizado.
Confesso que estou muito aliviado pelo fato de que nenhum deputado ou deputada estar envolvido nos escândalos recentes. Era tudo armação do Tôca, o ex-presidente da Assembleia. Eu deveria ter desconfiado antes.
Fico ainda orgulhoso de pertencer a um estado que, de agora em diante, no pós-Tôca, tem a melhor e mais ética Assembleia do país.
Esse é o novo Paraná. Essa é a nova Assembleia.
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