no site PT na Câmara
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) apresentou, em plenário, carta-denúncia de agricultores familiares que se dedicam à cultura do fumo às autoridades e à sociedade sobre os efeitos devastadores na natureza e nos seres humanos provocados pelo uso intensivo de agrotóxico.
O documento é assinado pelo Coletivo Triunfo, do qual fazem parte famílias dos municípios de São João do Triunfo, São Mateus do Sul, Fernandes Pinheiro, Palmeira, Rio Azul, no Paraná; além de Bela Vista do Toldo e Irineópolis, em Santa Catarina.
No documento, os agricultores denunciam e pedem providências "quanto às violações a diversos direitos, dentre eles o de livre escolha do nosso sistema de produção, e também quanto aos danos gerados à nossa saúde e ao meio ambiente, em decorrência do uso abusivo de agrotóxicos nas lavouras de fumo existentes na nossa região".
Segundo a carta-denúncia, "o grande número de plantações de fumo e da constante utilização de agrotóxicos em todo o ciclo da cultura origina um cercamento que ameaça nossa produção, seja ela convencional, em transição ou agroecológica, o que pode ser exemplificado a partir da Comunidade Barra Bonita, em São João do Triunfo, onde há 140 agricultores que lá vivem e produzem, mas apenas quatro não plantam fumo".
"Relatamos que o conflito principal na nossa região se dá a partir do uso indiscriminado do veneno GAMIT na cultura de fumo, cujo fabricante é a empresa FMC Corporation, e que intensificou-se nos dois últimos anos com graves e visíveis danos na safra 2010/2011.
Afirmamos que os técnicos das empresas fumageiras presentes na região, por meio do receituário agronômico, receitam tais venenos aos fumicultores, que são obrigados a utilizá-los em decorrência de obrigações estipuladas nos contratos com aquelas empresas", afirma o documento.
Na carta-denúncia, os agricultores pedem que "as autoridades competentes tomem as devidas e imediatas providências, tendo em vista que estamos no final da colheita da safra 2010/2011, e os técnicos instrutores das empresas fumageiras já se apressam em fechar novos pedidos, contratos e envio dos pacotes de insumos para a Safra 2011/2012, apontando para a possibilidade
de repetição do triste quadro aqui denunciado"
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