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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mamógrafos suficientes no SUS, mas mal distribuídos


Auditoria do Ministério da Saúde mostra que equipamentos estão concentrados no Sul e no Sudeste e são mais escassos no Norte
REDAÇÃO ÉPOCA
Uma auditoria do Ministério da Saúde revela que o número de mamógrafos no Sistema Único de Saúde (SUS) é mais do que suficiente para atender a população brasileira. Entretanto, os 1.541 equipamentos estão mal distribuídos pelo país. Enquanto na região Norte há um equipamento em uso para cada 118 mil mulheres, no Sul, há 1 para cada 54 mil. Em números brutos, são 66 equipamentos no Norte e 287 no Sul. No Acre, por exemplo, há apenas 3 mamógrafos, sendo que apenas um estava em uso quando foi feita a auditoria (dois estavam na embalagem).
American Institute os Physics
EXAME ESSENCIAL
Médica analisa o exame de uma paciente
Na região Nordeste há 1 mamógrafo para cada 101 mil mulheres. No Centro-Oeste, 1 para 71 mil. E, no Sudeste, onde há o maior número absoluto de equipamentos (587 em uso, de um total de 669), é para cada 71 mil. 

Apesar da discrepância entre as regiões, todas possuem, segundo o parâmetro do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número mínimo de aparelhos para mamografia necessários. 

O indicado é de pelo menos um para cada 240 mil habitantes. Além da distribuição geográfica desequilibrada, outro entrave para o atendimento da população são os aparelhos fora de uso. Entre os 15% sem uso, 111 não prestavam atendimento, 85 apresentavam defeito e 27 estavam ainda na embalagem. 

Conforme detectou a auditoria, problemas como ausência de manutenção (22,7%), deficiência de recursos humanos (18,8%) e falta de insumos (14,7%) provocam o baixo nível de produtividade dos aparelhos. Os equipamentos que estão funcionando prestam, de acordo com o estudo do Ministério da Saúde, um bom serviço à população: o atendimento foi avaliado como bom ou muito bom por 91% das brasileiras. 

O ministério realizou a auditoria para nortear plano contra o câncer de colo de útero e de mama, que terá investimentos de R$ 4,5 bilhões até 2014. “A partir desse diagnóstico, podemos trabalhar com mais precisão para dobrar o número de exames no Brasil, preenchendo a capacidade de produção dos mamógrafos”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Um comentário:

  1. Olha,e aqui no Maranhão é uma luta até há pouco tempo,pra realizar um exame desse;a gente solicitava e a paciente desaparecia no mundo;algumas voltavam depois de um tempão pedindo para repetir a solicitação pq havia passado o prazo e não conseguira marcar.Outras sumiam;desconfio que desistiram.

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