Na tarde de sexta-feira (26), Cirurgiões-Dentistas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estiveram reunidos com representantes do mesmo órgão na sede das Secretarias da prefeitura de Curitiba, e rejeitaram a proposta de 20% de aumento. Representaram a SMS os superintendentes Wagno Rigues, Lia Nara Paludo e a diretora Suzana Valente Teixeira dos Santos. A secretária, Eliana Chomatas, não compareceu. Os CDs foram informados que Eliana tinha outro compromisso.
Na apresentação, a SMS mostrou alguns dados, como valores de planos de carreira e número de odontólogos da prefeitura de Curitiba, um total de 646. Em seguida, efetuou a proposta de 20% de aumento no valor bruto atual, sendo 10% em janeiro de 2012 e outros 10% somente em 2013.
Após a efetivação da proposta, os CDs avaliaram a questão e, por unanimidade, decidiram não aceitar. A principal reivindicação é voltar a pertencer ao quadro salarial em que se incorporam os médicos, que recentemente foram beneficiados com uma decisão do prefeito Luciano Ducci. Cláudio Fatuch, um dos representantes da comissão que negocia com a prefeitura, lamentou a ausência dos secretários na reunião.
“Não pedimos aumento salarial. Queremos apenas estar dentro do quadro dos médicos pela similaridade das profissões. A legislação determina que há a similaridade, durante décadas estivemos no mesmo quadro e não queremos que esta administração fique marcada por marginalizar nossa classe”, afirmou Fatuch.
A superintendência da SMS alegou que esta proposta é o que está dentro do orçamento dos próximos anos e afirmou que dificilmente o salário dos CDs será equiparado ao dos médicos. O advogado do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Ludimar Rafanhim, avaliou que a negativa da superintendência da secretaria é prematura.
Fábio Zardo, também presente na reunião, declarou que é difícil crer que Curitiba pague menos aos CDs do que municípios da região metropolitana. “A proposta de maneira nenhuma atende as reivindicações dos Cirurgiões-Dentistas. A prefeitura nem sequer respondeu nosso pedido de ser mantidos na mesma grade salarial dos médicos. Mudam a regra com a bola rolando. Essa proposta de 10% para cada ano é totalmente inviável, não aceitamos”, diz.
Na sequência, os CDs improvisaram uma assembleia em frente ao edifício Delta, sede das secretarias, e afirmaram que a categoria quer a tabela unificada, e a ideia é manter a mobilização. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 13 de setembro, às 20 horas, na sede da ABO/PR. Por unanimidade, a categoria decretou estado de greve, o que pode ser deliberado na próxima assembleia. Nos próximos dias, os CDs devem se manifestar nos locais de trabalho, com o uso de botons personalizados que manifestam a exigência da classe, e uma fita preta no jaleco.
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