Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo
Até a quinta-feira passada, o repasse de dinheiro público para as organizações sociais que atuam na Prefeitura já correspondia a 51,1% do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS). As OSs receberam R$ 1,46 bilhão neste ano, enquanto foram empenhados R$ 2,85 bilhões no mesmo período do orçamento municipal.
O total de trabalhadores das OSs, por sinal, também já ultrapassa o número de funcionários públicos da SMS - respectivamente, 32 mil versus 28 mil.
As OSs são organizações sem fins lucrativos que desde 2009 passaram a se responsabilizar por uma série de serviços na área de saúde na Prefeitura de São Paulo. São 12 instituições, como Santa Casa de Misericórdia e Fundação Faculdade de Medicina, que recebem verbas municipais para administrar 5 hospitais, 221 Unidades Básicas de Saúde e 131 Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (Amas) e 1.201 equipes do Programa de Saúde da Família (PSFs) e 15 Prontos-Socorros (PSs).
Em 2009, os repasses às OSs correspondiam a 30% do orçamento, passando para 38% no ano passado. Em dois anos e meio, as empresas já receberam R$ 4,5 bilhões.
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