(1’39” / 388 Kb) - A lei que proíbe o uso de celulares em bancos da capital paulista, em vigor a partir desta segunda-feira (29), recebeu críticas do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A lei visa diminuir a incidência do crime conhecido como “saidinha de banco” e de sequestros-relâmpagos. Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a medida é ineficaz e irá penalizar os cidadãos e os trabalhadores dos bancos.
“Essa medida só dá responsabilidade para o cliente. E ela precisa de fiscalização e isso não se tem. A subprefeitura ficou com a responsabilidade de fiscalizar, mas ela não tem gente suficiente para estar nas 2.5 mil agências de São Paulo”.
Com a nova lei, fica proibido o ato de receber ou fazer ligações, mensagens de voz ou de texto no interior das agências bancárias durante o horário de atendimento.
O Sindicato defende outras soluções para o problema, como aumentar o tamanho dos biombos que separam os caixas de autoatendimento e das agências. Outra proposta é a isenção de tarifas como para as operações de transferência de dinheiro de um banco para outro (DOC), para evitar saques de grandes valores pelos clientes.
Segundo Juvandia, os bancos precisam tratar com mais seriedade o tema.
“Nós defendemos que tem que haver mais investimentos na segurança bancária, na segurança dos clientes, vigilantes e bancários, que estão todos os dias nos locais de trabalho expostos a esses riscos. Tem mais investimento em propaganda do que em segurança, e a segurança deveria ter uma prioridade maior”.
Os bancos deverão informar os clientes sobre a proibição e se não cumprirem a lei, receberão multas que variam de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.
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