Postado por Juliana Higa Bellini (que é a autora do Post)
Muito se diz da necessidade do aumento da área agrícola e do incremento de produtos químicos e tecnologias no campo para suprir a demanda por alimento dentro das taxas de crescimento populacional do mundo.
Muito se pesquisa e é divulgado sobre estes novos produtos químicos e tecnologias, que prometem aumentos incríveis na produção comercial e nos lucros obtidos, já que, além de garantir retorno com a produção agrícola, também é possível diminuir os custos com mão-de-obra e com as perdas naturais ocasionadas por fenômenos climáticos, principalmente.
E muito pouco é pesquisado, divulgado e compartilhado sobre a produção agroecológica, inclusive sobre os apoios internacionais que a agroecologia tem alcançado, como a aprovação deste sistema produtivo pela FAO – Organização para Alimentação e agricultura, organizada pelas Nações Unidas como um mecanismo de garantia de seguridade alimentar.
Ao contrário do que é disseminado pela mídia, pela indústria de insumos químicos e pelos latinfundiários, pesquisas tem demonstrado a viabilidade de sistemas agroecológicos garantirem a produção de alimentos para suprir as necessidades da população atual e crescente com a mesma área produtiva atualmente. A pesquisa foi realizada pelaUniversidade de Michigan.
Contrariando também os pressupostos da agricultura moderna, firmada durante o desenvolvimento da Revolução Verde, outra pesquisa demonstrou que o sistema produtivo baseado no uso de insumos químicos se mostrou menos produtivo do que o tradicional, reduzindo em 1/3, devido a diminuição de fixação de nitrogênio do solo, imprescindível para o desenvolvimento da planta. No mais, o uso de insumos externos aquele ecossistema reduz a eficiência energética e aumenta os custos de produção, neste sentido Gliessman (2011; apud Mangabeira) conclui que:
“A agricultura moderna é insustentável – ela não pode continuar a produzir comida suficiente para a população global, em longo prazo, porque ela deteriora as condições que a tornam possível.”
Também podemos repensar em que termos a agricultura moderna mantém sua produtividade. Esta baseada principalmente na quantidade de alimentos produzidos, regulada entre os custos de produção e o valor de venda, principalmente o mercado internacional com commoditie, sem atentar para os custos ambientais e sociais que causa, desde a desapropriação de comunidade rurais inteiras para a produção em larga escala até os impactos físicos, como erosão e perda da biodiversidade.
Para subverter o que tem sido demonstrado pela academia, com os mesmos recursos de que se utilizaram durante anos para justificar a Revolução Verde, empresas e entidades vinculadas ao agronegócio agora tem investido no Movimento de Valorização do Agronegócio Brasileiro, principalmente em face dos últimos acontecimentos como os assassinatos no campo, a repercurssão negativa do Novo Código Florestal e as denúncias de trabalho escravo.
Mesmo com a sabotagem que o próprio sistema da agricultura moderna provoca a si mesma, a promoção do sistema agroecológico depende ainda apoio governamental, da sociedade civil e a divulgação das vantagens produtivas, bem como incentivo fiscal e creditício e apoio técnico aqueles que desenvolvem a agricultura agroecológica e investimentos financeiros na pesquisa científica. Além disso, é fundamental a mudança nos modelos econômicos vigentes, baseados em padrões matemáticos, para a economia ecológica.Fonte:
Fonte da imagem:
Olá Mário,
ResponderExcluireste post foi originalmente publicado no meu blog http://na-beirada.blogspot.com/.
Gostaria que meu nome, como autora estivesse no post que copiou e colocou no seu blog, caso contrário posso fazer uma denúncia.
grata,
Juliana Higa Bellini
Boa tarde Juliana,
ResponderExcluirO seu nome, assim como o link para o "Na Beirada" estão logo abaixo do título. Sempre publico desta forma. No caso, de forma a evitar mal entendidos, coloquei em destaque que você é a autora, embora esta informaçnao não constasse lá em seu blog.
Peço desculpas se causei algum transtorno. Esteja certa que não acontecerá mais.
Parabéns pelo seu blog
Mario