ATLANTA, EUA - O Conselho de Indultos e Liberdade Condicional da Geórgia negou mais uma vez nesta quarta-feira o pedido da Promotoria de suspensão da execução de Troy Davis, condenado pela morte de um policial nos anos 80. O apelo de última hora faz parte de uma tentativa desesperada de impedir a pena capital de Davis, que, segundo a defesa, teria sido vítima de um julgamento apressado e falho.
Nesta terça-feira, o estado da Geórgia já havia negado um outro pedido de clemência ao homem acusado de matar o policial Mark MacPhail, em 1989.O caso Troy Davis se tornou um foco para os adversários da pena de morte porque sete das nove testemunhas do julgamento voltaram atrás de seus testemunhos contra ele, levando algumas pessoas a dizerem que Davis pode ser inocente. Seus advogados, há anos, afirmam que o cliente teve a identidade confundida e que não é o verdadeiro culpado pela morte de MacPhail.
Entre as personalidades que apoiam a libertação de Davis, estão os prêmios Nobel da Paz Desmond Tutu e Helen Prejean, que escreveu "Dead Man Walking", um livro sobre um prisioneiro condenado à morte, a Anistia Internacional, o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter e o Papa Bento XVI.
- Estamos pedindo para qualquer pessoa que tenha algum tipo de poder que ajude a impedir que esta enorme injustiça (a execução de Davis) ocorra - pediu nesta quarta-feira Laura Moye, diretora da Anistia Internacional nos EUA.
Simpatizantes de Davis alegam que o rapaz foi vítima de um julgamento apressado pelos próprios policiais em busca de vingança pela morte de um de seus homens. Quiana Glover, uma das testemunhas que refez seu depoimento, se uniu ao grupo pela libertação de Davis e confirmou que "não há evidências contra ele".
A execução de Davis, por injeção letal, está marcada para as 19h desta quarta-feira (horário local).
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