Esquecidos pelo Estado
Cinco adolescentes morreram nos últimos quatro meses sob a custódia do Estado, dentro de instituições que deveriam protegê-los e ressocializá-los. Quatro estavam internados em unidades de socioeducação de Maringá, Piraquara, Pato Branco e Laranjeiras do Sul, enquanto outro foi encontrado sem vida numa cela da Polícia Civil, em Ponta Grossa. As mortes revelam que o problema não é pontual e coincidem com a redução do quadro de educadores sociais e a recente extinção da Secretaria da Criança e da Juventude.
Em três anos, o número de internos nos Centros de Socioeducação (Cense) saltou de 700 para 990, enquanto o contingente de educadores estagnou. Segundo o Sindicato dos Servidores e Trabalhadores das Unidades de Internação e Privação de Liberdade de Adolescentes do Paraná (Sindisec), nem todos os 1,2 mil servidores aprovados em concurso em 2009 decidiram ficar. “Quase todos os dias tem gente pedindo exoneração. Não há quem resista a tanta pressão”, diz o presidente do Sindisec, Mário Monteiro. Hoje, existem 894 educadores nos 19 Censes (eram 835 em 2009).
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