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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Evento discute saúde como base para um país sem pobreza


Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde reúne chefes de Estado de mais de 80 países para debater implicações das desigualdades sociais na saúde


De 19 a 21 de outubro, o Brasil é sede da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde, que reunirá chefes de Estado de mais de 80 países no Rio de Janeiro, para debater implicações das desigualdades sociais na saúde.Promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o encontro reúne autoridades políticas, pesquisadores e representantes de movimentos sociais de mais de 80 países para traçar estratégias e definir metas visando à redução das iniquidades em saúde em escala local e global.
 
Ao final da conferência, a Declaração do Rio oficializará o compromisso político dos países signatários na redução das desigualdades no acesso a serviços de saúde e na promoção de melhores condições de vida, para toda a população e em especial para grupos em situação de vulnerabilidade. Na prática, os países se comprometerão a intervir sobre as desigualdades sociais que limitam o acesso de populações a condições essenciais à vida, como habitação, alimentação e água.
 
Presidente de honra da Conferência, o ministro Alexandre Padilha observa que a saúde é fundamental para a construção de um Brasil sem pobreza. “A saúde, no governo Dilma, está no centro das políticas de inclusão social e para o crescimento econômico do Brasil, que é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que optou pela construção de um sistema nacional universal público de saúde”, lembra.
 
A diretora geral da OMS, Margaret Chan, destaca a importância de promover uma estratégia global para a ação sobre os determinantes sociais da saúde e o enfrentamento das iniquidades a eles associadas. “As doenças crônicas não transmissíveis, que hoje constituem um desafio global à saúde, estão diretamente relacionadas aos determinantes sociais da saúde; à forma como as pessoas vivem; a seus hábitos e comportamentos. Este é um desafio que não diz respeito somente a Ministros da Saúde; é uma responsabilidade que recai sobre todos os governos, em seus níveis mais altos, e sobre toda a sociedade”, convoca a diretora geral da OMS.
 
Para articular uma resposta global a este desafio, a Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde coloca em pauta o debate sobre o papel do setor na redução das iniquidades em saúde, a importância da participação social e do envolvimento de lideranças comunitárias neste processo e a articulação de governos, em âmbito local e internacional.
 
Na abertura do evento, em 19 de outubro, Alexandre Padilha abordará os avanços e a perspectivas no enfrentamento às desigualdades em saúde no país. Também na abertura, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, apresentará as principais recomendações para a promoção da saúde e o enfrentamento das desigualdades sociais em nível global. Também participam da Conferência a ministra de Desenvolvimento Social do Brasil, Tereza Campello, e o coordenador do Centro de Relações Internacionais da Fiocruz, Paulo Buss, entre outras referências internacionais do setor.
 
 
Por Débora Pinheiro, da Agência Saúde
com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

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