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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Programas investem em visitas domiciliares a gestantes e crianças


BRASÍLIA, QUI, 27-10-2011
Brasília – A importância das visitas domiciliares como parte dos serviços de atenção à primeira infância foi discutida durante o seminário “Cidadão do Futuro – Políticas para o Desenvolvimento na Primeira Infância”, nesta quinta-feira (27), em Brasília. Experiências da cidade de Sobral, no Ceará, e dos estados do Acre e do Rio Grande do Sul foram apresentadas aos especialistas presentes ao evento, dentro do entendimento de que qualquer serviço de atenção integral à primeira infância deve incluir ações ativas de busca das mães em suas casas, bem como levar às crianças e suas famílias, em seus próprios domicílios, orientação, apoio e estímulo ao desenvolvimento infantil.
O coordenadora de Educação da Secretaria de Educação e Esporte do Acre, Francisca das Chagas Souza da Silva, mostrou como funciona o programa Asas da Florestania Infantil, que leva educação a crianças de 4 a 5 anos, isoladas da rede de ensino por morarem em comunidades rurais de difícil acesso. Os agentes de educação visitam até 10 famílias, duas vezes por semana, e trabalham com as crianças estimulando-as a brincar, ler e conhecer letras e números. Algumas vêem espelhos, escovas de dente e material impresso pela primeira vez com a chegada do agente.
O município de Sobral, no Ceará, inovou com o programa Trevo de Quatro Folhas, da secretaria municipal de Saúde e Ação Social, ao implementar a figura das mães sociais, mulheres da comunidade, com pelo menos 4 anos de estudo, sem dependentes e com mais de 25 anos, que são capacitadas e remuneradas e atuam dando apoio e a gestantes ou mães com filhos de até dois anos, inclusive ajudando-as nas tarefas domésticas.
O Programa Primeira Infância Melhor (PIM), da Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul, oferece atendimento desde a gestação até os cinco anos e onze meses de idade, com ênfase na faixa etária de zero a três anos. Um dos principais eixos o programa, segundo a coordenadora Liese Serpa, é oferecer condições para a família da criança atendida. Semanalmente, equipes multidisciplinares visitam as famílias e dão orientação sobre como estimular as crianças, além de atuar para intensificar os vínculos familiares e afetivos. As ações envolvem os pais, os avós e outros parentes da criança.

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