O mercado de planos de saúde no Brasil soma cerca de 46,6 milhões de beneficiários, alta de 7,6% ante 2010. A principal explicação para o avanço, que vem ocorrendo a essa taxa sobretudo nos últimos dois anos, é o aumento do emprego formal, que ampliou o acesso ao benefício. O movimento, é claro, engordou os caixas das empresas que atuam no ramo. No mesmo período, as empresas que vendem planos de saúde cresceram cerca de 13% ao ano e movimentam atuais R$ 38 bilhões no país, segundo a consultoria Torres Associados. Foi nessa mesma época que se viu um movimento de aquisições.
Um dos grandes consolidadores do setor de saúde brasileiro é o médico Edson de Godoy Bueno, principal acionista da Amilpar, que alcançou receita de R$ 7,8 bilhões em 2010. Nos últimos três anos, o empresário colecionou 16 aquisições, entre planos de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios, com um desembolso estimado em R$ 2,3 bilhões. Mesmo com o fortalecimento da musculatura, a Amil ainda não estagnou. Entre 2011 e 2014 a empresa deverá investir cerca de R$ 700 milhões em inaugurações, aquisições e reformas de estruturas. O destaque ficará por conta do Hospital das Américas, que promete ser um dos maiores complexos hospitalares do Rio de Janeiro.
O Grupo Fleury, presidido por Omar Hauache, também se movimentou para ganhar espaço em solo carioca. Um dos principais negócios concluídos pelo laboratório, dono as marcas a+, Weinmann e Campana além da Fleury, foi a aquisição da Labs D'Or, que pertencia à Rede D'Or, por R$ 1,2 bilhão em 2010. O Rio também está nos planos da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, dizem fontes do setor. Claudio Luiz Lottenberg, presidente do hospital, não descarta o interesse. Até 2012, o Einstein quer investir R$ 1,5 bilhão em reformas e expansão regional.
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