Estado apresenta evoluções nos números de mortalidade infantil e cobertura vacinal
A saúde do Paraná é, segundo o índice Firjan, a que apresenta as melhores notas em todo o Brasil. O setor apresentou um crescimento de 0,6% em 2009 – subindo de 0,8842 para 0,8898. Pelo segundo ano consecutivo, o estado atingiu a melhor marca de todo o território nacional. O diferencial, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), está nos cuidados com a saúde básica. “O Paraná tem um diferencial muito grande em relação aos outros estados quando se trata de atendimento básico”, afirma Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da entidade.
Para o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Antonio Carlos Nardi, exatamente o fato de o estado se preocupar com a atenção primária é que coloca o Paraná na primeira posição no ranking de saúde. “Esse é o grande diferencial do estado. Com isso temos um atendimento que consegue sanar as principais demandas da população. Claro que não é o ideal. Há muita coisa a se fazer ainda”, ressalta.
De acordo com ele, o estado tem apresentado evoluções em números como mortalidade infantil e na cobertura vacinal, que geralmente se aproxima de 100%. “A gente tem uma taxa de mortalidade infantil de 12 para cada mil nascidos vivos e há estados com uma taxa de 28. Além disso, o Programa Saúde da Família (PSF) tem atendido de forma satisfatória a comunidade em todo o estado”, afirma.
Política pública
O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, avalia que a manutenção do índice de saúde no estado é reflexo das políticas públicas direcionadas para o setor. “Desde a década de 90 o governo, principalmente o federal, tem investido em políticas para melhorar a saúde de todo o Brasil. O Paraná se aproveitou dessa situação e investiu em equipes do PSF e em unidades básicas. Isso fortaleceu o setor, que ainda está ruim. Mas ao menos esses projetos começam a apresentar resultado”, avalia.
Comentário: Recebi esta nota em um email do Gilson Carvalho com o assunto assim: "É vero?"
De improviso escrevi a resposta no texto que se segue:
Bom dia Gilson,
Tenho MUITAS dúvidas sobre este indice.
Pode ser que seja comparativamente né?
Até hoje o PR ainda não instituiu o co-financiamento para a APS. Tem um embrião implantado no início do governo Requião e que não avançou.
Na avaliação do DENASUS da gestão estadual quanto a política de APS , a gente faz 3 perguntas chave:
Há financiamento?
Há monitoramento?
Há Cooperação Técnica?
No caso do Paraná as respostas são:
Não, não e...Não!
Existem gargalos enormes na atenção de "segunda linha". A Regulação ainda deixa muito a desejar, em especial a regulação de consultas/exames especializados. Temos bolsões de pobreza (existe uma "linha da fome" que desce do Vale do Ribeira até a região central do estado, além de municípios de nosso litoral) com indicadores "nordestinos" (já foram "africanos"). Os índices de internações hospitalares são altíssimos, em grande parte por ICSAA.
Atenção a Saúde Mental desestruturada, proporção baixíssima de CAPS/NAPS e "quetais".
O nosso município "modelo", Londrina, virou terra arrasada depois de sucessivas gestões, cassações, desvios, terceirizações mal conduzidas. Hoje em dia a contratualização de alguns serviços vem sendo decidida dentro do gabinete do Ministério Público...
Em Curitiba, meses ou ano(s) para agendar consultas/exames. Horas de espera por atendimento nos Centros de Urgência (que é o nome que eles dão para os PAs).
Sei não... se a FIRJAN acha que aqui é a melhor do país, então existem duas hipóteses:
1) Os outros estão próximos a idade da pedra
2) A FIRJAN tem que rever URGENTEMENTE a sua metodologia...
Abraço, Mario
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