Do Bem Paraná (via Blog da Joice)
A Prefeitura de Curitiba tem até a semana que vem para encaminhar para a Câmara Municipal um projeto de lei que reduz de 40 para 30 horas semanais a jornada de trabalho dos profissionais da saúde. Esse é um acordo firmado entre o poder público e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). Contudo, o projeto beneficia apenas cinco categorias, deixando de fora mais de dez outras profissões. Se essa discrepancia não for refomulada e todos os servidores da saúde atendidos, os funcionários da saúde podem inclusive parar.
Contrários a essa posição considerada discriminatória, o Sismuc foi às ruas no final de semana, mostrar para a população como são tratados os servidores municipais. Um apitaço e uma caminhada foi realizada pelas categorias discriminadas. O protesto contou, também, com os profissionais que terão a carga horária semanal reduzida com o projeto, num ato de solidariedade. Na versão deles, as 30 horas precisam ser para todos.
Segundo o sindicato, as 30 horas é uma reivindicação de toda a saúde, e não de apenas determinadas categorias. Essa carga horária é, inclusive, recomendada pela Organização Internacional do Trabalho e da Organização Mundial da Saúde. A presidenta do Sismuc Marcela Bomfim lamentou durante a caminhada a atitude discriminatória do prefeito Ducci. “Ele, como medico, sabe que toda saúde reivindica e merece 30 horas. Por que então resolveu excluir as outras categorias”?, questiona.
Estão de fora do projeto que deve ser encaminhado para os vereadores os farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, profissionais de laboratório e tantas outras categorias que compõe a saúde municipal.
Com narizes de palhaços, apitos e faixas pretas nos braços, os trabalhadores da saúde fizeram o ato um dia após assembleia da categoria deliberar pelo indicativo de greve para 16 de novembro, caso não sejam incluídos na lei das 30 horas. A asembleia aconteceu na noite de sexta-feira passada.
Ate a votação na Câmara Municipal, o movimento grito dos excluídos segue mobilizado com as faixas pretas contra a discriminação, distribuindo folhetos informativos e passando abaixo assinado à população, além de incentivar ligações no 156 da Prefeitura pelas 30 horas para toda saúde.
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