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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cresce reprovação da gestão Ducci na saúde


na página do SISMUC

O atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, é médico e concursado. Mas nem isso serve para ele melhorar a saúde da cidade. Pelo contrário, pesquisa publicada na Gazeta do Povo mostra que a avaliação negativa do trabalho dele na saúde cresceu nos últimos meses, resultado do seu modelo de gestão. A desaprovação saltou de 33% para quase 41%.

Para Murilo Idalgo, da Paraná Pesquisa (na Gazeta), a agressão à servidora pública no Sítio Cercado foi um retrato da má gestão na saúde. “A RPC TV veiculou aquela cena de uma mulher brigando em posto de saúde. Aquilo foi muito forte”, destaca.  Depois da agressão a servidora não foi procurada pelas secretarias de saúde e recursos humanos da prefeitura, como mostrou o jornal do Sismuc de dezembro, em sua página 6. A auxiliar de enfermagem Maria Rosilda lamentou o abandono: “A prefeitura não prestou. Eu mesma abri a CAT”, contou a servidora ao Jornal do Sismuc. 

A percepção da população de que a gestão Ducci na saúde está errada se amplia com o recente tratamento dado aos servidores públicos. Em setembro, os cirurgiões-dentistas tiveram que entrar em greve depois que o prefeito e sua assessoria os excluíram do reajuste salarial dado para os médicos. “A política da prefeitura na saúde tem sido dividir, ao invés de incentiva o trabalho em equipe dos servidores. Nós sabemos bem que não está pior por causa da garra desses profissionais”. 

O mesmo comportamento divisório e excludente se repete no momento na greve dos ‘excluídos’ do projeto da redução de jornada para as 30 horas. Ducci aprovou a redução para cinco segmentos para 88% dos servidores partir de março de 2012, mas deixou de fora trabalhadores de outras áreas da saúde, excluindo 12%. Para piorar, a secretária de RH, Maria do Carmo, quebrou o acordo na última sexta-feira, 16, de negociar com os excluídos, aumentando a greve e a percepção ruim da administração municipal. “A prefeitura mostraria grandeza se reconhecesse que errou no projeto das 30 horas quando excluiu outras categorias importantes e chamasse agora esses trabalhadores para adiantar as negociações”, avalia Alessandra Cláudia Oliveira, diretora de comunicação do Sismuc. 

Enquanto a prefeitura se nega a antecipar as datas, o cidadão segue sendo prejudicado. Desde o início da greve o serviço de fiscalização realizado pela vigilância sanitária está parado. “Os curitibanos estão fazendo suas compras e se alimentando sem a certeza da qualidade da comida”, alerta Marcela Bomfim, presidenta do Sismuc. Além disso, Curitiba já corre risco de ter dengue no ano que vem, uma vez que o trabalho de controle ao mosquito está paralisado com a greve. “É por essas e muitas outras que o médico Luciano Ducci tem sido reprovado na área que devia ser seu carro chefe”, avalia Alessandra.

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