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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Delícias do capitalismo: Portugueses vão pagar 15 euros para ir a emergência



Esta é uma das medidas incluídas na última revisão do acordo assinado pelas autoridades lusas e instituições internacionais



Os portugueses passarão a pagar €15,00 a partir de Janeiro cada vez que forem atendidos nos serviços de emergência em saúde  ou €20,00, se a urgência for na especialidade de pediatria. É uma das medidas incluídas na última revisão do acordo assinado pelas autoridades lusas e instituições internacionais para que Portugal passe a receber ajuda externa, informou a Efe.

O documento contém cortes ainda muito mais profundos  do que o acordado em Maio pela deterioração das previsões para 2012. Agora, já existem serviços de emergência fechados em certos hospitais, com os pacientes sendo encaminhados para outros centros de maior capacidade. Somente em 2012, o governo de Portugal estima "poupar" 200 milhões de euros no custo das operações através de uma redução dos seus quadros e graças à racionalização dos centros de saúde "com vistas a reduzir a sua capacidade", reza o texto do acordo.

A atualização do memorando de entendimento com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) também exige o aumento do número máximo de pacientes para cada médico de família e de cuidados de saúde primários nos centros de saúde em, pelo menos, 20%. Para ambulatórios, o aumento será de 10%. 

O documento expande ainda mais redução de postos de trabalho na administração pública e dobra a produtividade que deverá ser obtida no setor de educação. 

Portugal tem como objetivo  alcançar essas metas em 2014, ano em que está previsto o final do programa de resgate, quando o país terá recebido todos os 78.000 milhões de euros fornecidos pela União Européia e o FMI.


Comentário do Emir Sader: 
Não é verdade que não há alternativa à tragédia européia: haveria que taxar os bancos ao invés de cortar recursos públicos, incentivar a retomada do crescimento e em emprego com esses recursos. Os governos deveriam regulamentar o sistema bancário e não se deixar governar por eles.


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