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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"Greve do silêncio" marca um mês da paralisação dos servidores da saúde



A greve dos servidores da saúde de Curitiba chegou ao 30º dia nesta terça-feira (3) e as negociações não avançaram. Os funcionários que aderiram ao movimento fazem mais uma manifestação nesta terça. Os grevistas estavam concentrados em frente à prefeitura de Curitiba, no bairro Centro Cívico, desde das 9 horas, e farão “a greve do silêncio”, de acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc).

“Não haverá barulho e nem carro de som. Ficaremos todos em silêncio aguardando uma resposta do prefeito Luciano Ducci”, afirmou a assessora para assuntos jurídicos do Sismuc, Irene Rodrigues. Os manifestantes reivindicam uma reunião com o prefeito para negociar a redução de jornada de trabalho de 1,2 mil servidores.
A alegação da assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba é de que os servidores já foram informados de que a redução da jornada de trabalho está sendo estudada pela administração municipal e que a negociação deve ocorrer em 2 de fevereiro. Segundo a prefeitura, primeiro será necessário definir como ficará a questão dos vencimentos de 33,5 mil servidores – o que deve ocorrer até 1º de fevereiro -, para depois negociar especificamente com os servidores da saúde.
De acordo com o Sismuc, os servidores esperam uma resposta da prefeitura desde outubro de 2011 e não há motivo para negociar somente em fevereiro. A categoria teme que as negociações não avancem por se tratar de um ano eleitoral. “Os servidores temem que, quando chegar fevereiro ou março, a prefeitura diga que nada pode fazer por causa do ano eleitoral e tente transferir a pauta para 2013”, disse a assessora para assuntos jurídicos do Sismuc.
Protesto na Secretaria de Saúde
Os manifestantes estiveram concentrados na Praça Santos Andrade, no Centro da capital, na manhã de segunda-feira (2), e fizeram uma caminhada até a sede da Secretaria Municipal da Saúde, no Centro da capital. Lá, cerca de 50 trabalhadores fizeram uma panfletagem por duas horas no início da tarde e organizaram a “apresentação de um coral” com uma música sobre a greve.
Greve
Os servidores da saúde de Curitiba estão em greve desde o dia 5 de dezembro. Os funcionários municipais da saúde reivindicam a inclusão de uma parcela dos trabalhadores em um projeto de lei que reduz a jornada de trabalho. Cerca de 300 servidores aderiram à paralisação. A maioria trabalha no Laboratório Municipal. Outros estão envolvidos com atividades de programas, como os voltados para a terceira idade.
Imbróglio
A maioria dos funcionários públicos da saúde (enfermeiros, técnicos em enfermagem, técnicos em higiene dental, auxiliares de consultório dentário e auxiliares) foi incluída no projeto de lei que altera a carga horária semanal da categoria. O protesto dos demais, que formam grupo de quase 1,2 mil pessoas, é para que todos os servidores sejam incluídos. Compõem o grupo de funcionários sem o benefício os nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, bioquímicos, psicólogos, técnicos de laboratório e técnicos de saneamento.

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