Os dados do IBGE informam que o Estado tem um dispêndio de R$ 645,27 por pessoa,as famílias gastam R$ 835,65.
Cada centavo que o brasileiro gasta com saúde pode ser abatido do imposto de renda. Isso vale para plano de saúde, consulta fora do convenio e até remédios. A condição é ter comprovantes para incluir na declaração. Isso quer dizer o seguinte: você gasta hoje e deixa de pagar imposto amanhã. Quanto mais você gasta, mais abate.
Se você ficar internado num hospital cinco estrelas de São Paulo, assina a cheque na hora de ir embora e abate na próxima declaração de renda. Idem para o médico fora do convenio que cobra R$ 900 por consulta.
É um sistema que beneficia quem tem mais e pode pagar na frente.
Também prejudica aqueles assalariados que vivem na informalidade e não têm como justificar rendimentos.
A turma de cima que vive no Caixa 2 também não pode abater o que nunca paga mas dessa gente não é preciso sentir pena.
Quem paga a conta?
O Estado brasileiro, que fica sem recursos para investir em escolas, em infraestrutura e na própria saúde pública.
Isso quer dizer que o dinheiro que falta no posto de saúde do seu bairro pode ter voltado, antes, para o bolso de quem ficou internado num hospital muitas estrelas.
Mario,
ResponderExcluirMe explica uma coisa, que talvez seja óbvia, mas sou bastante limitado em entender questões tributárias:
essa argumentação não exclui os isentos de IR (muita gente)? Se sim, daí esse contraponto também não é tão relativo quanto a pesquisa/cálculos do Ibge?
De resto, para aleḿ do contraponto e analisando a questão em si, de longa data concordo plenamente que a regra de descontar em IR todo e qualquer gasto em saúde é absurdo. Por exemplo, estes casos que comentas em relação a hospital 5 estrelas. A situação extrema é ricaço hipocondríaco, fazendo tour hospitalar e abatendo no IR.
Parabéns pelo blog, como sempre!
Abraço,
Prentici
Olá Prentici,
ResponderExcluirQuem está isento, acaba não conseguindo descontar os seus gastos pessoais com saúde. É por isso que eu digo que o catador de lixo reciclável, que paga imposto em tudo que consome e não declara imposto, acaba - por tabela - pagando a UNIMED de muito ricasso por aí.
Grato pelo comentário e mais ainda pelo elogio