De acordo com Ministério da Saúde, estes gastos serão cobertos pelo SUS, já a substituição das próteses em outros casos só serão feitas após indicação médica
Depois de reunião com entidades médicas, o Ministério da Saúde anunciou como será o atendimento às pacientes com próteses de silicone nos seios das marcas Poly Implant Prothese (PIP) e Rofil.
Para as pacientes com ruptura comprovada da prótese e com antecedente de câncer de mama, que fez uma reconstituição mamária, está garantida a troca do implante. Nos outros casos, a substituição será feita somente com indicação médica.
“Todos os pacientes sintomáticos ou os assintomáticos com alteração de exame físico e que tenham antecedente de câncer de mama deverão ser submetidos à troca das próteses (das marcas PIP ou Rofil) em cirurgia reparadora da mama. Nos demais casos - ou seja, pacientes sem diagnóstico ou histórico de câncer de mama - os resultados dos exames físicos e de imagem é que indicarão a necessidade ou não de troca dos implantes. Se confirmada a ruptura da (s) próteses (s) pelo exame de imagem, o paciente deverá ser submetido à cirurgia reparadora para a troca dos implantes mamários”, diz o protocolo acertado entre o governo e os médicos.
Na consulta, o médico deve fazer um exame físico da paciente e também um ultrassom para confirmar se o silicone vazou ou não. Em caso de dúvida, o profissional pode solicitar também uma ressonância magnética. Todas as mulheres com próteses das marcas devem ser avaliadas, mesmo aquelas que não tenham sintomas de problemas nos implantes.
A orientação é que a paciente procure o médico e o hospital, público ou privado, onde fez a cirurgia inicial para ser examinada e fazer a troca. Se não conseguir localizar o médico ou estiver longe do hospital, a paciente deve ir a um hospital mais próximo de casa. Os planos de saúde deverão indicar a rede credenciada que prestará o serviço.
A mulher que não passar pela troca de prótese deverá ser reexaminada após três meses. Quem fizer a cirurgia, o acompanhamento é contínuo, recomenda o protocolo.
O governo já havia determinado que o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde devem bancar a retirada e troca das próteses, independente do motivo do implante, seja estético ou por questão de saúde.
Para saber se é portadora de um implante PIP ou Rofil, a paciente deve consultar o cartão recebido depois da cirurgia. Caso não tenha o documento, deve consultar o médico, hospital ou clínicas responsáveis pela operação, pois a marca da prótese usada consta no prontuário médico por até 20 anos.
Calcula-se que 20 mil brasileiras tenham implantes das marcas francesa e holandesa. As autoridades de saúde e os médicos não sabem quantas estariam com próteses com vazamento.
Abaixo as normas para o atendimento das mulheres com PIP e Rofil.
Consultas:
Pacientes portadores de implantes mamários cuja fabricante é desconhecida por eles ou que não possuírem mais o cartão que identifica a prótese utilizada deverão procurar o médico que os operou para as devidas informações. Na impossibilidade de localização do profissional que fez a cirurgia, o paciente deverá dirigir-se ao hospital onde foi feito o procedimento e solicitar às informações que constam do prontuário médico (disponível aos pacientes por até 20 anos).
Uma vez identificada a procedência da prótese - e se estas forem das marcas PIP ou Rofil - o paciente deverá procurar o estabelecimento público de saúde ou a rede de saúde suplementar onde o implante foi feito.
Exames:
Os pacientes com ou sem sintomas de ruptura da (s) prótese (s) deverão ser avaliados pelo médico por meio de exame físico. O médico também deverá recomendar exames de imagem - preferencialmente, ultrassonografia - para a confirmação ou não de rompimento e/ou extravasamento do conteúdo da prótese e possíveis repercussões à saúde do paciente.
As rupturas podem ser detectadas pela ultrassonografia das mamas. A ressonância magnética é outro método diagnóstico por imagem que deverá ser utilizado conforme critérios estabelecidos na diretriz.
Cirurgia e troca de próteses:
Cada caso deverá ser analisado pelo médico e sob o ponto de vista da saúde do paciente, de acordo com as diretrizes definidas.
No SUS, as cirurgias de reparação/reconstrução mamária são feitas por serviços de saúde de média ou alta complexidade.
Todos os pacientes sintomáticos ou os assintomáticos com alteração de exame físico e que tenham antecedente de câncer de mama deverão ser submetidos à troca das próteses (das marcas PIP ou Rofil) em cirurgia reparadora da (s) mama (s).
Nos demais casos - ou seja, pacientes sem diagnóstico ou histórico de câncer de mama - os resultados dos exames físicos e de imagem é que indicarão a necessidade ou não de troca dos implantes. Se confirmada a ruptura da (s) próteses (s) pelo exame de imagem, o paciente deverá ser submetido à cirurgia reparadora para a troca dos implantes mamários.
O procedimento de troca dos implantes mamários na rede pública deverá ser feito, em princípio, pelo serviço de referência onde o procedimento inicial ocorreu. Em caráter excepcional, os pacientes que estiverem distantes do médico ou do estabelecimento que realizaram o implante poderão procurar um serviço de saúde ou um Centro de Especialidades do SUS mais próximo para avaliação e o devido encaminhamento à unidade que realizou o procedimento cirúrgico inicial. Na saúde suplementar, as operadoras de planos de saúde indicarão os serviços da rede credenciada, cooperada ou referenciada.
Acompanhamento:
Os pacientes que não forem submetidos à cirurgia reparadora para a troca do implante devem ser acompanhados e reavaliados após três meses.
No caso de realização de cirurgia reparadora/reconstrutiva das mamas, os pacientes deverão ser acompanhados.
Após a alta hospitalar, os pacientes deverão continuar o acompanhamento e o respectivo tratamento, se for o caso.
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