Quem não se lembra do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que isentou o então presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB) por acusações a despeito de irregularidades cometidas em contratos de publicidade da Casa? Pois é, o vereador Denilson Pires (DEM), responsável pela também conhecida CPI da PIzza, agora aparece entre os investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por formação de quadrilha. Além disso, recai sobre ele a acusação de desvio da ordem de R$ 8,1 milhões do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) entre os anos de 2006 e 2010, instituição que esteve a frente por dez anos.
O vereador da base aliada ao prefeito Luciano Ducci (PSB), que liberou Derosso um dos nomes cotado antes do escândalo para disputar a vice em 2012, já havia sido preso em agosto de 2010 por apropriação indébita e formação de quadrilha. De acordo com a denúncia, Pires foi preso por desvio de verbas na Sindimoc. Ele teria utilizado estrutura e verbas do sindicato para se eleger vereador. Na época, chegou a ficar cinco dias detidos enquanto durou o pedido de prisão temporária.
Fora isso, pairam suspeitas a despeito de duas mortes de pessoas que teriam dito que iriam denunciar o esquema. A primeira do então presidente, Aristides da Silva, conhecido como Tigrinho, executado a tiros por pistoleiros na praia de Itapoá, Santa Catarina, em 1998. No segundo caso, a vítima foi o ex-diretor da entidade, Alcir Teixeira, conhecido como Zico, morto em 2009 da mesma forma, após afirmar que iria denunciar as irregularidades ao Ministério Público.
PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: Será que nobres parlamentares serão tão condescentes com Denilson Pires?
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