no blog Limpinho e Cheiroso
Via Os amigos do presidente Lula
Quando o senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), condenado e barrado pelo TSE por sua ficha suja, conseguiu no STF um recurso favorável para tomar posse, o jornalão O Globo tratou a posse do tucano como “festa”.
Nada de questionar a moralidade, ética etc. Noticiou objetivamente que a Constituição estava sendo cumprida, pois o STF havia decidido que a Lei da Ficha Limpa não retroagiria à eleição de 2010.
Já quando José Genoíno (PT/SP) tomou posse, também obedecendo a Constituição, o jornalão manchetou na primeira página “A posse de Genoíno: Condenado assume na Câmara”. O colunista do jornal, Noblat, manchetou “Genoíno, deputado. Legal, é. Imoral, também!”.
Por que, pelo menos por coerência, não disse o mesmo de Cunha Lima?
Genoíno sofreu um julgamento político. Foi condenado sem provas, por dedução, por ser petista e por pressão da velha imprensa. Nenhum centavo ilícito foi encontrado em suas contas, mesmo tendo sua vida completamente devassada. Seu patrimônio e padrão de vida particular são extremamente modestos para quem foi deputado desde 1982 e ocupou importantes posições na vida nacional. É, sem sombra de dúvida, um dos parlamentares mais honestos que já passou pelo Congresso Nacional. O Globo sabe disso. Noblat sabe disso. Os demotucanos sabem disso. Mas fingem ignorar por puro oportunismo sem-vergonha, para fazer campanha eleitoral para seus colegas demotucanos.
O conceito de moralidade mais primitivo que existe é o de que é moral o que é justo. Imoral é a injustiça.
Em tempo: Há dezenas de parlamentares com alguma condenação no Congresso. Alguns por estarem condenados em instâncias inferiores, ainda recorrem nos tribunais superiores, por isso a condenação não é definitiva, e podem exercer o mandato. Genoíno ainda pode recorrer com embargos e sua condenação pode até ser anulada.
Cunha Lima será o líder do PSDB no Senado em 2013, em substituição ao milionário e ex-paladino da ética Álvaro Dias (PSDB/PR).
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