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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Terceirização piorou a saúde em Caxias (RJ)

Mortalidade infantil cresceu e cobertura do Saúde da Família caiu no governo Zito


Guilherme Amado no Extra


A terceirização de serviços de saúde em Duque de Caxias, na administração do ex-prefeito José Camilo Zito (PP), piorou os indicadores da área no município. Um levantamento feito pelo EXTRA nos dados do SUS, do Ministério da Saúde, mostrou que, entre 2008, antes de Zito assumir, e 2011, penúltimo ano de sua gestão, caiu a cobertura dos programas Saúde da Família e Saúde Bucal, e aumentou a taxa de mortalidade infantil.

Zito é alvo de uma ação civil pública, movida pelo Ministério Público Federal, pela contratação de três Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) - Associação Marca, Instituto Informare e IGEPP - que ficaram encarregadas de gerir unidades de saúde. O prejuízo total apontado pelo MPF é de R$ 700 milhões.

Na ação, o MPF afirma que Zito enxugou investimentos em atenção básica - postos de saúde e Programa Saúde da Família - para investir em procedimentos de média e alta complexidade. A ação cita uma inspeção do Tribunal de Contas do Estado, em 2011, que mostrou um déficit de 242 equipes de Saúde da Família. "Carência esta que poderia ser suprida mediante investimento anual de míseros R$ 6.411.090,97".

O investimento no atendimento básico ajuda a organizar o sistema de saúde e não pode ser deixado de lado. A avaliação é do professor Carlos Eduardo Aguilera Campos, da UFRJ. Segundo ele, Caxias deveria ter pelo menos 60% de cobertura do Saúde da Família:

- Sem atendimento básico, o cidadão vai a um grande hospital fazer curativo.





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