Páginas

terça-feira, 9 de julho de 2013

Paraná ganhará 400 vagas de Medicina até 2017


na Gazeta do Povo

A expansão dos cursos de Medicina no país prevista no programa Mais Médicos vai permitir a abertura de mais 400 novas vagas no Paraná. As vagas serão oferecidas em Curitiba (190), Foz do Iguaçu (60), Pato Branco (50), Guarapuava (50) e Umuarama (50). No interior, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), de Guarapuava; a Universidade Paranaense (Unipar), em Umuarama; e a Faculdade de Pato Branco (Fadep) pleiteavam a criação dos cursos.
Em Foz, o curso será aberto na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) a partir de 2016. A proposta tem o aval do Ministério da Educação (MEC) e prevê a criação de um curso diferenciado, cujo foco é a Medicina Comunitária, articulado com a rede local de saúde.
Prioridade
Trinta e cinco municípios do Paraná, incluindo Curitiba, se encaixam na lista prioritária anunciada pelo governo federal. Veja quais são:

• Almirante Tamandaré
• Bocaiuva do Sul
• Campina Grande do Sul
• Campo Largo
• Colombo
• Contenda
• Curitiba
• Doutor Ulysses
• Entre Rios do Oeste
• Fazenda Rio Grande
• Foz do Iguaçu
• Guaíra
• Guarapuava
• Iguaraçu
• Itaperuçu
• Lapa
• Londrina
• Mandaguari
• Mandirituba
• Marechal Cândido Rondon
• Marialva
• Nova Laranjeiras
• Paiçandu
• Pato Bragado
• Pinhais
• Piraquara
• Planalto
• Quitandinha
• Rolândia
• Santa Helena
• Santo Antônio do Sudoeste
• São Miguel do Iguaçu
• Sarandi
• Tijucas do Sul
• Tunas do Paraná
Fonte: Ministério da Saúde
Estrangeiros começam a trabalhar em setembro
Folhapress
O governo pretende distribuir aos municípios do interior e à periferia das grandes cidades, já em setembro, os primeiros médicos brasileiros e estrangeiros que aderirem ao novo programa de fixação desses profissionais. Um edital será lançado hoje direcionado a médicos de todas as nacionalidades. A prioridade será dos formados no Brasil. Em seguida, serão chamados os brasileiros formados no exterior. E, por último, os estrangeiros.
O governo vai pagar aos médicos bolsa mensal de R$ 10 mil e ajuda de custo, em parcela única, de R$ 10 mil a R$ 30 mil, a depender do destino. A prioridade será dada a capitais, regiões metropolitanas com áreas de vulnerabilidade, distritos indígenas e aos municípios com maior concentração de pobreza. Trinta e cinco cidades do Paraná se encaixam neste perfil.
O total de profissionais convocados dependerá do interesse dos municípios, mas a expectativa é atrair 10 mil médicos. No caso de estrangeiros, só poderão se candidatar profissionais que atuam em países com maior proporção de médicos que o Brasil (o que exclui a Bolívia e o Paraguai, entre outros) e aqueles que têm diplomas que o autorizam a trabalhar no país de formação.
Reação na justiça
Agência O Globo
O Conselho Federal de Medicina (CFM), em conjunto com entidades da saúde, anunciou ontem que vai questionar na Justiça a contratação de médicos estrangeiros. Além disso, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNM), Geraldo Ferreira, fez duras críticas ao programa e falou que pode haver uma greve geral da categoria contra as medidas anunciadas. “Precisamos dar uma resposta forte ao governo. O sentimento do médico é de que o governo procura confronto”, disse. Para Ferreira, o programa precariza o trabalho do médico brasileiro e explora a mão de obra do profissional. Ele criticou também a ampliação de seis para oito anos do curso de Medicina. “É indecente. O médico não completa o curso em seis anos. Ele faz mais três ou cinco de especialização para poder entrar no mercado. Ou seja, vai pular de 11 para 13 anos de formação. É um contrassenso”, disse.
A possibilidade de abrir o curso começou a ser discutida após a visita do secretário de Ensino Superior do MEC, Paulo Speller, no final de abril. Já em maio, a Unila recebeu um ofício do MEC no qual constam as bases para o desenvolvimento do projeto, no qual estão previstos abertura de concurso para contratação de servidores e aquisição de equipamentos.
Por enquanto, o projeto tramita em âmbito interno e será submetido à aprovação do Conselho Superior Universitário. As aulas deverão ser oferecidas em um prédio fora do câmpus, em construção, porque o projeto inicial da universidade não previa curso de Medicina. Não está nos planos da Unila construir um hospital. A ideia é aproveitar a estrutura já existente na saúde pública de Foz do Iguaçu.
Universidade bilíngue que reúne 1,2 mil alunos de 11 países latino-americanos, a Unila iniciou as atividades em agosto de 2010.

Futuros médicos farão estágio no SUS


Antes de receber o diploma, alunos de Medicina terão de trabalhar dois anos na saúde pública. Medida será implantada em 2015

Das agências
Os estudantes de Medicina que começarem o curso em 2015 terão de trabalhar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) como requisito necessário para obter o diploma. A medida, que na prática amplia o tempo de curso de seis para oito anos, valerá para todas as escolas de Medicina públicas e privadas do país, mas ainda vai demorar a ter resultados. Os futuros médicos vão começar esse segundo ciclo da formação apenas em 2021, quando tiverem passado pelos seis anos do primeiro ciclo de formação.
A norma faz parte da medida provisória editada ontem pela presidente Dilma Rousseff que lançou o programa “Mais Médicos”, que prevê o recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em áreas prioritárias, a abertura de 11.447 novas vagas para graduação em Medicina e outros 12.376 postos de especialização em áreas consideradas prioritárias até 2017.
Hoje, o curso de Medicina prevê quatro anos de formação teórica e dois de estágio obrigatório em regime de internato, totalizando seis anos. A partir de 2015, os alunos continuarão a fazer um curso de seis anos, mas depois passarão um ano no serviço de atenção básica do SUS, e depois mais um ano nos serviços de urgência e emergência, como por exemplo o Samu. O Conselho Nacional de Educação (CNE) terá um período 180 dias para regulamentar esse segundo ciclo do curso.
O modelo, copiado do Rei­no Unido e da Suécia, permitirá um afluxo maior de profissionais ao SUS, com cerca de 20 mil médicos em 2021 e o dobro disso em 2022. Dados do Ministério da Saúde mostram que 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos pelo serviço de atenção básica.
Diferentemente da residência, em que o médico se especializa, os dois anos no SUS serão voltados à atenção básica, e permitirão uma formação mais generalista. Nesse período, ele vai ser remunerado. O valor ainda não foi definido, mas ficará entre a bolsa de residência (hoje em R$ 2.976,26) e a bolsa do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que visa levar médicos recém-formados para trabalhar nas regiões mais carentes (hoje em R$ 8 mil).
Depois dos seis anos iniciais, o estudante poderá obter uma inscrição provisória no Conselho Regional de Medicina (CRM), o que permitirá que ele continue sendo fiscalizado e, eventualmente, penalizado por erros médicos que venha a cometer.
O ministro da Saúde, Ale­xandre Padilha, disse estar convicto de que o aumento do curso para oito anos não vai desestimular o ingresso de estudantes para Medicina “Em nenhum país em que a medida foi adotada isso ocorreu. Trata-se de um treinamento remunerado.” A presidente Dilma Rousseff citou, na cerimônia de lançamento do plano, pesquisas de opinião que apontam a saúde como um dos problemas mais importantes do país e agradeceu os “que foram e os que não foram” às ruas reivindicar melhorias no setor.


Nenhum comentário:

Postar um comentário