Ao contrário de senadores como Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ana Amélia (PP-RS), Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Waldemir Moka (PMDB-MS), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) defende os vetos presidenciais ao Ato Médico – nome pelo qual é conhecida a Lei 12.842/2013, que regulamenta a profissão de medicina. A lei e os respectivos vetos foram publicados nesta quinta-feira (11).
– Também fui surpreendido com as medidas tomadas pela presidenta Dilma, mas fui docemente surpreendido – declarou ele ao discursar em Plenário nesta sexta-feira (12).
Ao justificar sua posição, Requião disse ter "muito medo da visão corporativista", que é um dos principais argumentos dos que criticam o projeto aprovado pelo Congresso Nacional. Segundo afirmou o senador, o corporativismo é a manifestação coletiva do individualismo. Ele acrescentou que o Ato Médico "era uma lei tão fechada que talvez não pudéssemos usar um cotonete sem infringir essa legislação, porque havia o domínio dos orifícios pela corporação médica".
O senador argumentou que, mais importante do que criticar os vetos, é necessário viabilizar, com a participação dos ministérios da Saúde e da Educação, um plano de carreira para os médicos do serviço público em todos os níveis: municipal, estadual e federal.
– A presidenta foi corajosa. Enfrenta uma situação que está há décadas sem solução e que conheço muito bem, como prefeito e governador. Acho que ela terá amplo apoio popular – ressaltou ele, que também parabenizou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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