A parceria estabelecida pelo Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para trazer quatro mil médicos cubanos para atuar no programa Mais Médicos é desdobramento de uma ampla cooperação técnica com o objetivo de ampliar o acesso da população brasileira à atenção básica na rede pública de saúde. Os documentos que detalham a iniciativa foram apresentados nesta terça-feira (27) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Comissão Mista que analista a Medida Provisória do programa.
O ministro explicou às autoridades que o Termo de Cooperação Técnica, assinado em abril deste ano, estabelecia iniciativas para promover a qualificação e a valorização dos profissionais da atenção básica através da capacitação técnica, em localidades prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse âmbito, foi desenvolvido o acordo específico, que possibilitou o intercâmbio com o grupo de médicos cubanos, firmado na última quarta-feira (21).
“Já havíamos antecipado a apresentação ao TCU e agora à presidência da comissão, imediatamente após ser solicitada para reforçar a transparência e contribuir para que o Congresso Nacional aprimore o programa”, detalhou o ministro Padilha.
Os profissionais de Cuba serão direcionados aos 701 municípios que não despertaram o interesse de nenhum profissional, brasileiros e estrangeiro, inscrito na seleção do Mais Médicos.
A maioria deles (68%) apresenta os piores índices de desenvolvimento humano do país – IDH muito baixo e baixo, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) - e 84% estão no interior do Norte e Nordeste em regiões com 20% ou mais de sua população vivendo em situação de extrema pobreza. Os primeiros 400 médicos desembarcaram no Brasil no último final de semana. Os demais chegarão até o final do ano, de acordo com cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde.
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