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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Produção da indústria médica brasileira cresce 10,2% em 2012 - [Isto explica muita coisa]

Resultados apresentados por Abimo e FGV durante a MD&M Brazil mostram setor em expansão, mas falta de isonomia tributária ainda é considerada um entraveno Saúde Web
A produção da indústria médica brasileira atingiu R$ 4,8 bilhões em 2012, crescimento de 10,2% desde 2011. Esse valor divide-se, entre outras coisas, em R$ 2,23 bilhões para equipamentos, R$ 97 milhões para implantes, R$ 83 milhões para materiais de consumo e R$ 76 milhões para materiais odontológicos.
Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (27) durante a MD&M Brazil, feira do setor realizada em São Paulo, e fazem parte de um estudo encomendado pela Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) à Fundação Getúlio Vargas.
Segundo a FGV, os números consolidados são positivos e mostram grande contribuição principalmente de dois setores: instrumentos para uso médico e odontológico e artigos óticos, que alcançaram R$ 2,1 bilhões, e aparelhos eletromédicos, eletroterapêuticos e de irradiação, com R$ 300 milhões. Além disso, os ganhos de produtividade foi de 5% ao ano no período entre 2007 e 2012, acima dos 4% registrados pela indústria de transformação.
O investimento total do setor em 2012 atingiu R$ 307 milhões, ou cerca de 13% do PIB setorial (R$ 2,4 bilhões), impulsionado principalmente pelo investimento das multinacionais em plantas de produção no País.
Segundo o presidente executivo da associação, Paulo Henrique Fraccaro, o crescimento substancial do setor nos últimos anos poderia ser ainda maior caso os hospitais públicos e filantrópicos pudessem adquirir equipamentos nacionais com a mesma isenção concedida aos importados. Esta isonomia tributária é a principal bandeira da Abimo e foi defendida durante a MD&M.
“Por mais nacionalista que o gestor seja, se ele administrar um hospital com um orçamento que precisa ser esticado o máximo possível, não há dúvida que a melhor opção vai ser comprar o equipamento mais barato”, explicou Fraccaro. “Estamos tentando convencer as autoridades da necessidade da isonomia.”
O executivo diz que a isonomia permitiria, após 12 meses, que o governo recuperaria as perdas iniciais da isenção devido ao aumento de volume de pedidos às indústrias nacionais. Segundo Fraccaro, as negociações em várias instâncias do governo estão avançadas, e a concessão da isonomia deve ocorrer “até o fim do ano que vem”.
“A única maneira deste País fortalecer a indústria é a igualdade de condições com o produto importado. Não estou pedindo mais nada”, disse.

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