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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Save The Chidren: Estudo revela índices de mortalidade infantil no mundo

País reduziu mortalidade infantil em mais de três quartos em pouco mais de 20 anos. Níger, na África, lidera redução, mas ainda registra 114 mortes para cada mil nascidos vivos em 2012

no Saúde Web


O esforço do Brasil para combater a mortalidade infantil (até 5 anos de idade) é citado como exemplar em relatório divulgado nesta quarta-feira (23) pela organização não governamental Save the Children. Segundo o relatório, isso se deve à prestação sistemática de programas de imunização, aos cuidados de saúde voltados para comunidades carentes e a melhorias em saneamento básico.
Segundo o documento, a experiência de países como o Brasil comprova que a erradicação de mortes evitáveis relativas a essa parcela da população ​​depende da construção de sistemas de saúde com serviços de qualidade e acessíveis a todos os segmentos da sociedade, incluindo comunidades de difícil acesso, grupos vulneráveis ​​e populações menos favorecidas.
O relatório ressalta que, em 1990, a taxa de mortalidade infantil no Brasil era 62 mortes por mil nascidos vivos. “Em uma geração, o país reduziu a mortalidade infantil em mais de três quartos, para 14 mortes por mil nascidos vivos.” O documento enfatiza que, com isso, o país conquistou patamar inferior ao considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como limite para classificar o cenário de erradicação da mortalidade infantil – 20 mortes por mil nascidos vivos.
A organização também destaca que, em todo o mundo, houve importante redução no índice, que caiu quase pela metade entre 1990 e 2012, passando de 12 milhões de crianças por ano para 6,6 milhões, mas destaca que o conjunto de países ainda está longe de atingir a Meta do Milênio, definida pela Organização das Nações Unidas (ONU), que determina a redução dessas mortes em dois terços entre 1990 e 2015.
Na maioria dos países em desenvolvimento, persistem as grandes desigualdades no acesso aos cuidados de saúde. “As famílias mais pobres enfrentam altos custos diretos, indiretos e de oportunidade no acesso aos cuidados de saúde, além de não contarem com informação adequada e voz política para exigir melhores serviços”, destaca o relatório.
De acordo com a Save the Children, o Níger é o país que lidera a redução da mortalidade infantil, embora ainda tenha índice elevado, com 114 mortes para cada mil nascidos vivos em 2012. Em 1990, no entanto, morriam 326 crianças até os 5 anos de idade para cada mil nascidas vivas. O documento atribui o resultado a políticas desenvolvidas naquele país, considerado um dos mais pobres do mundo, como acesso universal, serviços gratuitos de saúde para mulheres grávidas e crianças e programas de nutrição.
No ranking da entidade, que lista os países que mais reduziram a mortalidade infantil, aparecem em seguida a Libéria, Ruanda, a Indonésia, Madagascar, a Índia, a China e o Egito. O Brasil ocupa a 15ª posição.

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