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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

SindSaúde denuncia: Caos nas unidades da SESA no Tucanistão do Sul


Na boca do povo!

na página do SindSaúde


O certo é não generalizar, mas tem coisa que foge do controle mesmo. As unidades da Sesa estão com muitos problemas. É do piso ao teto. Às vezes, a gente chega a pensar que é proposital. Por onde a equipe do sindicato passa percebe a bagunça administrativa dessas unidades e sempre constatamos a sobrecarga de trabalho.

Os serviços de saúde, para serem prestados com qualidade, exigem equipes completas. São necessários diversos tipos de trabalhadores, sejam médicos, profissionais de enfermagem e outros.

Só que na Sesa quase não tem equipe completa. O que provoca grave prejuízo à qualidade do serviço. E um retrato dessa situação a direção do SindSaúde enviou a diversos órgãos, como Coren, OAB/PR, Conselho Regional de Medicina, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

No documento, o SindSaúde argumenta que por conta da defasagem cada vez maior de servidores, constata-se que o processo de trabalho está resultando em número excessivo de horas extraordinárias trabalhadas.

A direção alerta também que a mudança de servidores de setores para atender a falta de trabalhadores em outros setores, com curta periodicidade, é prejudicial ao paciente e ao trabalhador. Isso porque em alguns setores como, por exemplo, UTI ou centro cirúrgico, para o bom desenvolvimento do trabalho é preciso larga experiência e conhecimento acumulado sobre a organização do fluxo de trabalho e especificidades. Sem contar a sobrecarga de trabalho acentuada.

O texto enviado às autoridades citou alguns exemplos. O caso mais grave foi verificado em Londrina, nos hospitais Zona Norte e Zona Sul. Só para ilustrar: no dia 16 de novembro, sábado, a partir das 7 horas da manhã não havia médico no Hospital Zona Sul. O diretor geral foi informado e disse que providenciaria médico. Perto do meio-dia um pediatra chegou à unidade para fazer o plantão, atendendo crianças e adultos. Nesse mesmo dia, na troca de plantão, que acontece às 19 horas, os médicos que constavam da escala não compareceram e o hospital ficou sem médico até as 19 horas do dia 17 de novembro, domingo.

O sindicato pediu a apuração dos fatos e exigiu que a SESA e o CISMEPAR – Consórcio que administra os hospitais de Londrina – prestem esclarecimentos sobre os repasses orçamentários da SESA para o Consórcio, que quarteiriza os serviços. Ou seja, repassa para uma outra entidade a função de contratar médicos.

A situação é tão grave que o Ministério Público, em Londrina, chegou a propor ação judicial para obrigar o Estado a manter três médicos no plantão.

O SindSaúde está firme em seu objetivo de defender a saúde pública de qualidade, a correta e eficiente aplicação do recurso público e condições dignas de trabalho para os trabalhadores.

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