Calendário de 2015 do
banco tem como descrição no dia 25 de outubro o "suicídio de Vladirmir
Herzog", e não o assassinato do jornalista, torturado e morto no
Doi-Codi durante a ditadura militar; não deveria ser surpresa para os
clientes, uma vez que a agenda de 2014 marcou a data de 31 de março como
a do "aniversário da Revolução de 1964"
no Brasil 247
A agenda de 2015 distribuída pelo Itaú aos
seus clientes marca o dia 25 de outubro como o do "suicídio de Vladimir
Herzog". A descrição é registrada no canto superior de cada página do
brinde, espaço dedicado a fazer a marcação ou a celebração daquela data.
A versão do suicídio da morte de "Vlado", como era conhecido, já foi
desmentida, sendo substituída pela da tortura e assassinato por membros
do Doi-Codi, onde o jornalista estava preso durante a ditadura militar. A
notícia sobre a agenda do Itaú é da newsletter de negócios e finanças
'Relatório Reservado'.
O boletim desta segunda-feira 17 relembra o histórico do Itaú em
relação à ditadura, o que mostra que o tratamento sobre a morte de
Herzog não deveria ser de se espantar. No mesmo brinde distribuído em
2014, o banco descreve na página do dia 31 de março o "aniversário da
Revolução de 1964".
"Não custa lembrar que o verdadeiro dono do Itaú era o empresário
Eudoro Villela, pai da socialite Milu Villela, muito devotada às causas
sociais. Dom Eudoro era o maior financiador e presidente da Anpes, a
versão bandeirante do carioca Ipês – ambos órgãos dedicados à
conspiração civil para a concretização do golpe militar", relembra o RR.

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