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sexta-feira, 14 de março de 2014

IV Mostra de Experiências em Atenção Básica: O SUS em movimento. #IVmostra #mostrasaude

Samba caipira, jongo, maracatu são nossas raízes negras trazendo a beleza dessa riqueza cultural chamada Brasil fazendo saúde, esbanjando saúde e vida. Viva o SUS! (foto e legenda: no FB da Maria Frô )

O universo que a gente encontra aqui rodando pela IV Mostra é uma coisa indescritível. Um evento deste porte, com 10 mil pessoas circulando prá todo lado, vale por si mesmo, independente de qualquer atividade formal.

Troca-se experiências na mesa do almoço, na fila do ônibus, no banheiro...

A Maria Frô acaba de passar por aqui animadíssima. Assistiu um relato de experiência de um grupo que faz “consulta” em boteco! Os caras fazem a abordagem, promoção da saúde, prevenção... Ela deve subir o post hoje. Corre lá para ver! 

Hoje a tarde vou acompanhar uma sessão no Cineclube que vai projetar alguns curta-metragens que “passam” pelo tema saúde. Não se trata de filmes institucionais, mas tem a ver com a saúde e abrem uma nova janela na discussão.

Impressionante o número de relatos de experiências mesclando arte e saúde, quer seja sob a ótica da educação em saúde, quer seja na ótica da integração, quer seja na ótica promoção e da terapia.

Agora, o que mais me deixou renovado, entusiasmado, fissurado e tudo mais, foi observar dois movimentos em especial (lentos, porém muito firmes) desta criatura enorme que é o SUS:

Primeiro movimento: 

A legião de jovens, engajados, sorridentes, entusiasmados, ávidos por compartilhar saberes e que efetivamente vestem a camisa do SUS. As pessoas da minha geração certamente experimentam um enorme prazer em observar esta turma. É o legado da luta do movimento sanitário, é a garantia da continuidade dos ideais. 

Vamos supor que algum dia um grupo imbuído das idéias da Margareth Thatcher viesse a assumir o poder no Brasil (tipo assim o retorno do neoliberalismo-privatista tucano). 

Vamos supor ainda que esta turma viesse a tentar implodir o sistema público de saúde e entregar tudo na mão de um grupo gringo terceirizado e cheio de idéias “gerencialistas” (tipo assim a privataria do SUS em São Paulo via OSSs).

Tenho certeza que cada um destes jovens guerreiros cerraria fileiras no exército do "Povo do SUS", decretaria uma revolução e ergueria barricadas em defesa da saúde pública, universal e de qualidade.

Segundo movimento: 

O turbilhão de experiências/viveres/saberes gerados por quem milita lá na ponta do sistema. 

Milhões de trabalhadores de saúde produzindo conhecimento. 

Isto vai desde a assistência odontológica aos ribeirinhos na Amazônia, passa pelo teatro, pelo uso das redes sociais, pelas “Tendas do Conto”, pelas estratégias criativas para abordagem de grupos vulneráveis, pela humanização dos serviços, pela adoção de políticas diferenciadas de financiamento, pela compensação de especificidades regionais e/ou incentivos às equipes, pela culinária, pela dança, pelas práticas integrativas, academias da saúde, uso racional da informática, fitoterapia, incorporação tecnológica...

Ufa! 


Que bom que eu estou aqui!

2 comentários:

  1. Ufa daqui também! Bom demais ver isso tudo e ainda contar com vocês lá!

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    1. Muito bom ter podido viver esta experiência e contar com a equipe maravilhosa que nos apoiou!

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