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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Doação de pessoa jurídica em campanha eleitoral: Modus Operandi do "deputado desconhecido"

deu na Gazeta do Povo:

“Não tenho nada a ver com o Youssef”, diz deputado do PP


Nelson Meurer (PP), deputado federal
Presidente do PP do Paraná e deputado federal, Nelson Meurer foi citado em e-mails do doleiro Alberto Youssef para funcionários da empresa Queiroz Galvão. No e-mail, Youssef pede que a empresa doe R$ 500 mil para a campanha eleitoral do deputado, em 2010.


Na matéria, o nobre deputado ruralista relata candidamente que:
"eu pedi uma ajuda ao partido, para a campanha. O partido trabalhou, não sei de qual forma, e a Queiroz Galvão fez uma doação de R$ 500 mil. Quem ligou para mim [do partido] disse que a empresa só dava doação oficial".

Sentiram o drama? Uma empresa de Engenharia, assim "do nada" decide doar R$ 500 mil (QUINHENTOS MIL REAIS) para um deputado federal só porque "o partido pediu".

O deputado vai mais além, ao negar que tivesse qualquer relação com a empresa:
"Se eu tivesse contato direto com a empresa, eu falava com a empresa. Fiz um pedido ao meu partido, o PP. O partido só viabilizou a doação."

Daí o Gilmar 'Dantas' Mendes vai lá, em uma decisão já definida pelo plenário do STF (6 votos em 11) e pede vistas no processo. Assim "do nada". No mais puro interesse da justiça e da ética.

Resultado: A Queiroz Galvão, que - oficialmente - não tem nada com isso, ganhou mais um ano para continuar distribuindo seus agradinhos de meio milhão de reais para deputados desconhecidos.

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