Um projeto de lei protocolado nesta semana na Câmara de Curitiba garante a possibilidade de mães que vão ter filhos pelo SUS de decidir como preferem que seja o parto. A ideia é impedir casos como o da dona de casa gaúcha Adelir Goes, que em abril deste ano foi levada à força por policiais para fazer uma cesariana, apesar de preferir o parto normal. Pelo projeto, dos vereadores Noêmia Rocha (PMDB) e Chicarelli (PSDC), a grávida poderá registrar um plano pessoal de parto, que só poderia ser modificado mediante a possibilidade de risco para a mãe ou para o bebê.
Comentário: Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...
O que tem que ser garantido é o tratamento humanizado na hora do parto.
Daí, partir para delegar à mãe a decisão sobre que tipo de parto ela prefere, é - no mínimo - uma subversão (aberração?) da questão.
No procedimento humanizado, a mulher - e sua família - pode e deve ter participação em todas as condutas e decisões relativas ao desenrolar de sua gravidez/parto.
No entanto, questões técnicas relativas ao procedimento - embora devam ser decididas com a participação da parturiente/família - não podem ser DELEGADAS.
A decisão técnica é da equipe de saúde que a atende e que deve ter a necessária formação para tal.
Vamos imaginar a hipótese de que todas as mães que fossem ter filhos pelo SUS em Curitiba preferissem que o parto fosse cesáreo...
Chegaríamos na situação de Curitiba com 100% de cesarianas garantidas POR LEI!
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