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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Reconhecimento de quem usa de fato o Sistema de Saúde de Curitiba. Em resposta a postagem grosseira do blogueiro Fábio Campana

Posicionamento Associação de Apoio aos Portadores de Distúrbios de Ordem Mental (AADOM) frente às acusações ao Trabalho da Gestão da Saúde Mental de Curitiba


A AADOM vem por meio desta nota posicionar-se frente às críticas apresentadas por Fábio Campana ao trabalho da atual gestão da saúde mental de Curitiba.

Acreditamos que a pluralidade de opiniões é muito rica para o regime democrático, contudo é importante que maior profundidade seja adquirida antes de tecer quaisquer comentários.

Enquanto associação que trabalha em defesa dos direitos da pessoa com transtorno mental desde 2002, com ações das mais diversas ordens e acompanhamento próximo do trabalho da gestão da saúde mental da Curitiba, a AADOM afirma, sem qualquer receio, a competência técnica da gestão atual de Curitiba, em detrimento à apressada e superficial afirmação realizada por Fábio Campana sobre o suposto “apadrinhamento” do atual gestor Marcelo Kimati.

Acompanhamos em pormenores as ações equivocadas e a falta da estruturação da Rede de Saúde Mental que vínhamos vivenciando na cidade de Curitiba até o início da atual gestão. Em 1,5 anos, pudemos evidenciar concretamente a ampliação e implantação de serviços que não existiam no município, frutos do trabalho da atual gestão.

Diversos CAPS agora funcionam 24 horas, inclusive nos finais de semana; Unidades de Acolhimento e Centros de convivência serão em breve implantados no município; equipes de consultórios na rua encontram-se operacionais; o fluxograma da saúde mental foi redesenhado de maneira inteligente e competente, proporcionando maior conversa entre os serviços, acompanhamento de usuários e capacitação profissional; ações atuais da gestão vêm procurando enfrentar as problemáticas do atendimento de urgência e emergência no SAMU para ampliar a atenção à população.

Problemas existem e se apresentam em todos os municípios brasileiros. Enquanto associação ativa no município, não negaremos ou maquiaremos tais problemas de forma qualquer! Ainda não temos em Curitiba o número previsto de leitos psiquiátricos em Hospitais Gerais; Centros de Convivência e Unidades de Acolhimento ainda são inexistentes no município; os números de CAPS em funcionamento no município ainda não atingem o mínimo previsto pelas portarias do SUS; o SAMU ainda apresenta várias problemáticas para atendimento à crise em saúde mental; a contratação de médicos pelo SUS ainda é deficitária…

Vimos acompanhando vários casos encaminhados ao Ministério Público do Estado, à imprensa, ouvidoria e outros órgãos de apuração de denúncias e a ação da gestão para enfrentar tais problemáticas. É fato: tais problemas não se transformam do dia para a noite, a implantação e ampliação de serviços, contratação de profissionais, exigem tempo para acontecerem concretamente. Contudo, o que vimos vivenciamos diariamente é grande empenho da gestão atual neste sentido.
A pressa da notícia, muitas vezes, não consegue acompanhar e visualizar tais processos, os quais exigem investimento cotidiano de tempo e energia para inteirar-se e, com isso, pronunciar-se de maneira mais concisa e mesmo verídica.

Afirmamos, ainda, que a AADOM vem acompanhando a atuação constante do gestor Marcelo Kimati na defesa de uma Saúde Mental mais eficiente e responsiva às demandas da população e seu investimento profissional e pessoal para compor a rede da saúde mental no município de Curitiba. Preocupa-nos, contudo, afirmações apressadas da natureza da qual observamos no site de Fábio Campana. Com isso, sim, a população pode ser prejudicada.

A falta de compromisso com a profundidade das notícias pode ter impacto negativo ao prejudicar, intimidar ou mesmo macular o nome de pessoas, como neste caso do Gestor Kimati, que vem dedicando seu tempo e energia, muitas vezes para além do que é pago, para enfrentar de maneira competente os problemas existentes. Talvez tais descompromissos, esses sim, façam mal à saúde mental.

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