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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Seminário no Paraná discute consequências da monocultura do eucalipto

Uma recente pesquisa do Instituto Federal do Paraná-IFPR, coordenada pelo professor Roberto Martins, aponta que mais de 300 mil hectares no Paraná são propriedade de apenas uma fábrica de celulose e papel. O município de Imbaú é um dos mais afetados: cerca de 40% do território estão cobertos pela produção industrial de árvores, em grande parte por eucalipto e pinus. Também enfrentam problemas com esse tipo de produção, os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira.

A produção industrial de árvores segue o modelo do agronegócio, Como plantio em larga escala, flexibilização das leis trabalhistas, com situações de trabalho análogo à escravidão, e desrespeito à natureza. Uma das consequências mais graves do chamado “deserto verde” é a destruição de nascentes. A pesquisa realizada por Roberto Martins, que contou com a participação direta de 30 camponeses atingidos, identificou mais de 40 nascentes secas como resultado do intenso plantio de pinus e eucalipto.

Para debater essa situação, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, promove, 

“Seminário sobre o impacto socioambental, econômico e na saúde trabalhador advindo da monocultura do eucalipto”. 

dia 12 de agosto, 

no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná,

a partir das 9h, 


O encontro é uma solicitação dos deputados Dr, Rosinha (PT-PR) e Amauri Teixeira (PT-BA), presidente da Comissão.

Devem participar do debate, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná, do Movimento dos Atingidos pela Monocultura de Pinus e Eucalipto do Imbaú, da Associação Brasileira de Florestas Plantadas (ABFP), da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente do Município de Joaquim Távora, do Departamento de Economia Rural (DERAL), e do Instituto Federal do Paraná.

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A monocultura do eucalipto também prejudica a produção de alimentos, com a substituição de áreas que eram utilizadas para a produção de alimentos e agora só são usadas para o plantio de madeira.

As áreas de monocultura levam o país a um triste recorde, o de maior consumidor mundial de agrotóxicos. Em 2013 atingiu a marca de um bilhão de litros.

O setor florestal madeireiro do Brasil é um dos mais desenvolvidos e competitivos do mundo. Segundo a Embrapa Floresta, o Brasil conta com aproximadamente 523,7 milhões de hectares de florestas. Desse total 6,7 milhões de hectares são áreas plantadas do agronegócio florestal. Um terço dessa área, cerca de 2,1 milhões de hectares, é de monocultura do eucalipto. De 2003 a 2007 foram aplicados 4,4 bilhões de reais no setor.

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