A senadora Gleisi Hoffmann está sendo alvo de um massacre sexista sem precedentes com o objetivo de intimidar a única representante do sexo feminino na corrida pelo Governo do estado. Sem nunca ter buscado proteção ou refúgio na condição de mulher, uma vez que tolera em silêncio manifestações injustas e preconceituosas, a senadora Gleisi, nas últimas 48 horas, foi vítima de ofensas e mensagens de ódio inacreditáveis, que chamam a atenção pelo desrespeito e pela intolerância.
Movido por um ódio primitivo — e inteiramente pessoal —, ódio reiterado diariamente em seu blog, onde a maioria das notas busca denegrir a imagem da senadora com inverdades e maledicências, Fábio Campana publicou um texto absurdo, nesta quarta, 1/10, intitulado “o escriturário, a madame excitada e o cavalo velho”. Não há precedentes na história do jornalismo político de nota tão insultuosa e execrável contra uma senadora da República.
A tentativa de atingir Gleisi por sua condição de mulher mostra a canalhice de quem investe no preconceito contra nossas mães, tias, irmãs, avós, filhas e netas. No debate do dia 31/9, o candidato Ogier Buchi (PRP), inconformado com as afirmações seguras da senadora, incorreu no mesmo erro. Tais ataques abjetos tem sido constantes e incluem citações ofensivas feitas em textos assinados por Ademar Traiano, líder e capacho do governador Beto Richa.
“Ser mulher não representa vantagem na política, mas não pode representar desvantagem”, e mais, “Qualquer pessoa tem direito à felicidade sem sofrer preconceito de cor, sexo, religião ou idade”, diz a Senadora em resposta a algumas notas com conotação sexista já veiculadas sobre a sua pessoa.
Tudo, no entanto precisa ter limites. Temos de repudiar o preconceito com todas as nossas forças para derrotar o atraso e honrar o legado de quem, antes de nós, se bateu pela justiça e a equidade. Nas nossas mãos está a possibilidade de transformar o preconceito em realização e esperança.
Curitiba, 2 de outubro de 2014
Roseli Isidoro
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